NO CIC

Em palestra reveladora, prefeito de Bento Gonçalves diz porque endureceu postura

Siqueira manifestou mais uma vez o seu desejo no segundo mandato é por ter uma cidade ordeira

palestra reveladora
Adversidades endureceram a postura e o discurso de Siqueira, segundo ele mesmo definiu, Crédito: Gerson Lenhard

Uma palestra reveladora de Diogo Siqueira prendeu a atenção de empresários e demais presentes ao jantar de abertura do CIC para o ano. Todos os anos o primeiro jantar da entidade traz como convidado o prefeito da cidade e, como de praxe, Diogo falou de obras realizadas em seu primeiro mandato e de desafios a cumprir neste e nos próximos três anos. O slogan positivista adotado para este segundo mandato dá o tom: “Bento em Ordem – o trabalho é o caminho”.

Inicialmente, Siqueira percorreu alguns dramas vividos recentemente e não esqueceu de citar o movimento Unidos Por Bento para a superação deles: a pandemia, que fez com que 40 leitos fossem concluídos em tempo recorde na UPA, depois o que chamou de “moedor de carne”: o episódio do trabalho similar à escravidão, em que a cidade foi subjugada e não conseguia convencer quem fosse de fora que a realidade não era bem aquela; mais tarde vieram os deslizamentos de terra e as enchentes de 2024 e um novo trabalho de superação em parceria com a iniciativa privada.

Tudo isto que passamos nos deu uma casca dura. Nos deu condições de enfrentar problemas sem esperar pelo Governo Federal ou dar muitos ouvidos ao “politicamente correto”. Não vamos mais aturar mendigos dormindo na frente das lojas ou em praças, nem carros abandonados ou pichações. A ordem é endurecer até o limite do permitido legalmente

traçou a linha.

Num discurso sem contestações aparentes Siqueira lembrou da cruzada contra os dependentes de seguro desemprego que tenham condições de trabalhar. O mesmo em relação a migrantes que se recusem a aceitar emprego:

“Em fevereiro demos passagem para 40 pessoas voltarem aos seus municípios de origem. Também oferecemos a oportunidade de ambulantes voltarem para casa antes de recolhermos os seus produtos”

Obras e desculpas

Antes de listar realizações passadas e futuras o Prefeito explicou ao público alguns assuntos que geram críticas. A questão do corte de benefícios de futuros funcionários públicos deverá gerar economia aos cofres públicos no futuro.

“O biênio, por exemplo, significa aumento da folha em 5% a cada dois anos sem que se contrate nenhum servidor a mais”.

Em seguida Diogo explicou e pediu desculpas pelos contratempos gerados por conta da troca – 3 em um ano- do sistema de informática.

Primeiro a Justiça mandou rescindir com a empresa que fornecia o serviço porque havia inícios de favorecimento. Então fizemos um edital mais aberto e acabou vencendo , por ter preço menor, uma empresa que nos ofereceu um sistema fraco. Durou quatro meses e rescindimos, chamando a segunda colocada do certame. Agora acreditamos que vá funcionar, pois o sistema é mais robusto. Então peço desculpas aos empresários e a toda a sociedade”,

disse Diogo.

Sobre obras elencou projetos: a ciclovia na 444, mais asfalto em estradas do interior, a conclusão da dispendiosa obra de drenagem e asfalto no Seis da Leopoldina; a realização de um concurso para projeto executivo do Lago Fasolo e a construção de uma perimetral da indústria, ligando o bairro Salgado à zona norte da cidade atravessado o vale do Burati.

Monumentos

O presidente da casa, Carlos Lazzari destacou, ao dar as boas vindas a todos, o trabalho do CIC e a força da união.

“Estivemos hoje em Santa Tereza na inauguração de uma ponte e tenho ouvido de muitos prefeitos de diferentes cidades que eles gostariam de contar com um CIC também pois a entidade faz a diferença no desenvolvimento do município“,

revelou.

Lazzari trouxe novidades: em 16 de junho será o lançamento do livro com a história da Fenavinho com autoria de Fabiano Mazzotti. Para o próximo ano há a previsão de outro livro com o mesmo autor, contando a história de socorro prestado às vítimas das cheias de maio do ano passado. Já em maio deste ano serão divulgados três monumentos feitos por artistas locais também em homenagem aos esforços dos resgates. Eles estarão localizados na praça Achyles Mincarone, em Tutiuty e em Faria Lemos.

Lazzari conduziu os trabalhos da noite no CIC.