O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio Grande do Sul, engenheiro Adalberto Jurach, esteve em Bento Gonçalves na tarde desta terça-feira (2) para detalhar as ações do órgão na BR-470. A reunião pública foi realizada na Câmara de Vereadores, a pedido da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social.
Jurach informou que o DNIT mantém atualmente 45 frentes de trabalho ativas entre Nova Prata e Montenegro, mobilizando mais de 700 trabalhadores e 400 equipamentos. As equipes atuam em obras emergenciais de contenção, reconstrução e segurança ao longo do trecho atingido pelas enchentes e deslizamentos de maio.
Previsão de Liberação e Impacto do Sistema de Comboio
Segundo ele, o sistema de comboio seguirá vigente durante todo o ano de 2025 para garantir a passagem de veículos enquanto as obras avançam. A previsão é que a liberação total do tráfego na Serra das Antas ocorra apenas no segundo semestre de 2026, com conclusão das principais intervenções.
“Tem muita coisa acontecendo. São mais de 700 trabalhadores e quase 400 máquinas atuando dia e noite na rodovia. O sistema de comboio é necessário para que as obras avancem e os usuários consigam circular com segurança. Nossa expectativa é entregar boa parte em 2025 e concluir no primeiro semestre de 2026, liberando totalmente a rodovia no segundo semestre do mesmo ano”, destacou Jurach.
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Outro ponto abordado foi a ponte Ernesto Dorneles, que liga Bento Gonçalves a Veranópolis e completou 73 anos em 31 de agosto. O DNIT retomou em junho o contrato de reabilitação, paralisado em 2023, e já realiza reparos em fissuras, infiltrações e reforços estruturais.
“A ponte está passando por reabilitação para voltar a uma condição semelhante à de sua inauguração. Mas não há como ampliar a largura, que seguirá com 7 metros, sem acostamentos. Por isso, também estamos estudando a viabilidade de uma nova ponte, com traçado mais seguro e moderno”, explicou o superintendente.
Sobre o projeto de uma nova ponte sobre o Rio das Antas, o estudo deve ser concluído em setembro e avaliará custos, traçado e impactos de uma nova estrutura, possibilitando ao governo federal decidir sobre a construção.
Outros Projetos e Demandas Locais
Jurach ainda citou o projeto de pavimentação entre Nova Prata e Lagoa Vermelha e a necessidade de melhorias nos acessos urbanos de Bento Gonçalves, em razão do intenso fluxo de veículos.
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O presidente da comissão, vereador Thiago Fabris (Progressistas), considerou o encontro positivo, mas reforçou que a maior preocupação da comunidade é a liberação da Serra das Antas.
“A população quer saber quando poderá trafegar sem comboio entre Bento e Veranópolis. A previsão é de que isso só ocorra no segundo semestre de 2026. Até lá, quem puder, deve buscar rotas alternativas, como Cotiporã, para não atrapalhar o andamento das obras”, afirmou.
Fabris também destacou a necessidade de mobilização política em Brasília.
“Falta um representante da nossa região no Congresso para cobrar recursos e pressionar pela duplicação da BR-470. O DNIT já sinalizou essa prioridade, mas precisamos reforçar junto a deputados e senadores”, completou.
A comissão é composta ainda pelos vereadores Joel Bolsonaro (PL), Moisés Scussel (MDB), Sidinei da Silva (PSDB), Volmar Giordani (Republicanos) e Volnei Christofoli (Progressistas). A reunião foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Câmara.
