Bento Gonçalves

Bebê prematuro ganha alta após 83 dias internado na UTI em Bento Gonçalves

Thomas estava internado desde seu nascimento, em 15 de maio, na UTI Neonatal do Hospital Tacchini. Bebê nasceu de 26 semanas e cinco dias

Bebê prematuro ganha alta após 83 dias internado na UTI em Bento Gonçalves

Na última terça-feira, 6 de agosto, depois de 83 dias de cuidados intensivos após seu nascimento prematuro e pesando 2,120 kg, o pequeno Thomas Dilan Zanoteli de Oliveira recebeu alta da UTI Neonatal do Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves. Ele ainda deve fazer a última adaptação em um leito de internação antes de poder ir para casa.

No dia 15 de maio, Diana Cardoso Zanoteli deu à luz e Thomas nasceu com apenas 26 semanas e 5 dias de gestação. O trabalho de parto foi rápido e inesperado, sendo realizado em minutos, em uma das poltronas do Centro Obstétrico do Hospital Tacchini Bento Gonçalves, enquanto uma das salas era preparada para receber o nascimento.

Considerado prematuro extremo, Thomas nasceu pesando 1.080 kg e foi encaminhado diretamente para a UTI Neonatal, onde iniciou seu processo de desenvolvimento e ganho de peso.

Rotina de recuperação

A mãe, durante todo o tempo, fez questão de estar ao lado do filho na UTI Neonatal. Chegava pela manhã e ficava ao lado da incubadora até o final da tarde. À noite, ela retornava ao hospital ao lado do marido, Mateus Eriel de Oliveira da Silva, para dar boa noite ao bebê do casal.

“No início, não podíamos tocar muito nele. Falávamos com ele de longe, dentro da incubadora. Com o passar dos dias, ele foi ganhando peso, evoluindo e os aparelhos de suporte foram sendo retirados. Ao mesmo tempo, a gente foi perdendo o medo de machucar ele e conseguimos segurá-lo no colo”, lembra.

Amamentação

Durante os 83 dias de UTI Neonatal, Diana só saía do lado do bebê para visitar o Banco de Leite Ama Tacchini. Com a ajuda das profissionais de saúde, ela passou a estimular a produção própria do leite que serviria de alimento para Thomas. As técnicas deram tão certo que ela não só conseguiu alimentar seu bebê integralmente com leite materno, como também deixou como legado 29,810 litros de leite para serem utilizados na alimentação de outros prematuros.

“Foi um período bem desafiador. Um mês antes da chegada do Thomas, minha mãe sofreu um AVC. Ficamos divididos nos cuidados dela e do bebê, mas sempre recebemos muito apoio da equipe do Tacchini. Graças a Deus ambos estão se recuperando muito bem e a avó já está ansiosa para receber o neto em casa”, completa Diana.