Após imagens da concretagem da ponte sobre o Rio das Antas, que liga Bento Gonçalves a Cotiporã, gerarem dúvidas sobre possíveis problemas estruturais, a equipe responsável pela obra divulgou esclarecimentos em um vídeo nas redes sociais. Os engenheiros Jeferson Dal Bello e Mauricio Fedrizzi Caberlon explicaram o funcionamento das vigas e o andamento da construção.
Segundo Dal Bello, a ponte possui três vigas centrais principais, que desempenham a função estrutural de sustentação do concreto. Já as vigas laterais têm apenas o papel de suportar a forma durante a concretagem.
“Os perfis de borda servem como formas e não têm função estrutural de carga”, ressaltou Dal Bello.
Fedrizzi complementou, explicando que as vigas centrais são essenciais para sustentar o tabuleiro da ponte. Após o concreto atingir a cura e a ponte ser liberada para o tráfego, as vigas laterais deixam de ser necessárias para a sustentação.
Sobre as próximas etapas, Dal Bello destacou que a conclusão do nivelamento da pista de rolagem e a instalação dos guarda-rodas serão realizadas nos próximos dias.
“Ao final dessas atividades, a pista estará liberada para o tráfego de veículos de até 45 toneladas. Estamos na fase final, e a obra será entregue em breve”, informou.
Investimento e execução
Com custo total estimado em R$ 5,7 milhões — sendo R$ 5,5 milhões de recursos federais da Defesa Civil e cerca de R$ 980 mil em aditivos divididos entre Cotiporã e Bento Gonçalves —, a ponte faz parte do Programa Pontes do Sul. O projeto é liderado pelas empresas JB Engenharia e Alsus Infra, que também coordenaram a construção da nova ponte entre Cotiporã e Dois Lajeados, que será inaugurada neste sábado (7).
Embora a conclusão esteja próxima, a data de inauguração da ponte sobre o Rio das Antas ainda não foi definida.