
Autoridades do estado e de instituições ligadas à pesquisa, fomento e difusão de conhecimento na área da agricultura se reuniram no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves na noite de quarta-feira, 3, por ocasião da abertura solene da 6ª edição da Tecnovitis – feira de tecnologia em viticultura.
O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti se mostrou de certa forma surpreso com tudo o que viu e ouviu acerca do negócio do vinho e do trabalho implicado até que uma garrafa fosse destampada. Rememorou ainda que enquanto foi secretário de Turismo do Estado sempre teve Bento Gonçalves como exemplo de desenvolvimento na área e especialmente impulsionada pelo setor vitivinícola. Ele lembrou que o agro movimenta a economia e vem sendo o setor mais castigado pelo clima no estado. Além da enchente do ano passado lembrou das secas consecutivas e anunciou um projeto de recuperação do solo encomendado a pesquisadores.
O presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, entidade promotora da feira, Elson Schneider, destacou que as entidades ligadas ao setor já não podem apenas tratar do preço mínimo da uva.
Desenvolvimento e Tecnologia no Setor Rural
“Nosso propósito é desenvolver o meio rural, trazer tecnologia que permita uma colheita mecânica, facilitar a tarefa de quem fica na terra. Precisamos transmitir conhecimento e aumentar o retorno para manter uma cultura histórica que caracteriza nossa região”, ressaltou, não sem deixar de mencionar o calote que o Governo Federal acaba de aplicar em agricultores e seguradoras ao não honrar a última parcela do seguro da safra, que havia sido concedido como forma de subvenção aos viticultores.
Quem também enalteceu o trabalho do agro foi o presidente da Farsul, Gideão Pereira. Morador e arrozeiro natural de Bagé, criticou a cota de 16 garrafas de vinho por pessoa que podem entrar pela fronteira. Queixou-se do preço da saca de arroz – ano passado era de R$ 150,00 agora é de 45,00 mas acabou enfatizando ter participado da COP 30.
Lá em Belém vimos a eficiência do agronegócio no Brasil. Evoluímos demais nos últimos 30 anos e se hoje somos um dos países que mais produz alimentos, posso dizer com certeza que em 2035/40, teremos a maior agricultura do mundo se ninguém atrapalhar. disse Gideão.
A Tecnovitis está sendo realizada no 8 da Graciema, pátio do Hotel Vila Michelon e segue até sábado com palestras, demonstração de equipamentos e painéis a partir das 8h30min.