FAKE MONSTERS

Preso em Novo Hamburgo por planejar ataque em show no RJ é solto após pagar fiança

Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), o pagamento foi arbitrado pela Polícia Civil

Foto: Polícia Civil RJ
Foto: Polícia Civil RJ

Foi solto após pagar fiança o homem preso em flagrante no sábado (3) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Ele é acusado de liderar um grupo extremista que planejava um atentado com explosivos durante o show da cantora Lady Gaga, realizado no final de semana, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), o pagamento foi arbitrado pela Polícia Civil.

A operação que levou à prisão do suspeito, foi coordenada pelo Ministério da Justiça e também cumpriu mandado em São Sebastião do Caí. Houve ainda ações simultâneas em outros estados. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), o gaúcho é apontado como o principal articulador do grupo. Ele é responsável por recrutar membros para executar os ataques.

Os alvos seriam crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+ presente no evento, segundo as investigações. O plano incluía o uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. A ação era considerada um “desafio coletivo”. A operação, batizada de Fake Monsters, mobilizou forças de segurança do RS, SP, RJ e MT. Além disso, apreendeu celulares, notebooks, videogames e até uma arma de fogo com o suspeito detido em Novo Hamburgo.

Durante coletiva no domingo, o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou que a operação evitou um ataque terrorista. Ele confirmou que a investigação vinha sendo mantida em sigilo para evitar pânico entre o público.

“O título da investigação é terrorismo. Eles estavam se articulando para fazer esse ataque. Conseguimos os mandados junto ao Poder Judiciário, num trabalho silencioso, discreto, que não criou nenhum pânico na população. Foi uma operação que impediu que um mal muito maior fosse executado”, declarou o secretário.

Curi revelou, ainda que os investigados promoviam discursos de ódio, automutilação, pedofilia e incitação à violência em redes sociais. Um adolescente de 16 anos, morador de São Vicente (SP), admitiu ser responsável por perfis que espalhavam mensagens extremistas. Contudo, ele negou ligação com o plano relacionado ao show. Ele foi liberado na presença do pai.

O show

A apresentação gratuita de Lady Gaga reuniu 2,1 milhões de pessoas na orla de Copacabana, segundo o governo do Rio. Para garantir a segurança, o evento contou com cerca de 3,3 mil policiais militares e teve 251 objetos perfurocortantes apreendidos nas revistas.

Apesar da gravidade das acusações, o nome do suspeito gaúcho não foi divulgado. A Polícia Civil do Rio mantém sob sigilo a identidade dos envolvidos. As investigações continuam.

Fonte: Correio do Povo