A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), a Operação Vasum II, de repressão importação ilegal de mercadorias estrangeiras, praticada com o cometimento dos crimes de descaminho e associação criminosa.
A ação mobiliza 60 policiais federais para o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo, e a execução de medidas cautelares diversas da prisão e monitoramento eletrônico de três investigados. A decisão é da Justiça Federal de Santa Maria, que determinou, ainda, o arresto de 23 veículos que totalizam R$1,7 milhão em valor de mercado.
A investigação teve início em 2022, após a apreensão de bebidas estrangeiras na cidade de Curitiba. As mercadorias foram identificadas como provenientes de uma empresa de Santa Maria e, posteriormente, enviadas clandestinamente com o uso de documentos falsificados. Durante a investigação, foram registradas outras seis apreensões em diferentes cidades, todas ligadas ao mesmo grupo empresarial.
As mercadorias estrangeiras, principalmente bebidas alcoólicas como whisky e outros tipos de destilados, ingressavam no Brasil através da fronteira com o Uruguai. O processo de entrada e venda dos produtos envolvia diversos núcleos operacionais, responsáveis pelas funções de fornecimento, troca de moeda, transporte, intermediação e aquisição. As bebidas, em sua maioria, eram comercializadas para distribuidores atacadistas dos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Em menos de dois anos, o grupo movimentou mais de 23 milhões de reais.
Paralelamente à operação de hoje, foram conduzidos interrogatórios dos principais investigados, implementadas medidas cautelares diversas da prisão e realizada a constrição de bens para futuro ressarcimento ao erário.
A primeira fase da Operação Vasum foi deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2022. A designação “Vasum” faz referência à ação dos suspeitos, que enviavam as bebidas estrangeiras utilizando notas fiscais e declarações de conteúdo fictícias, descrevendo-as como “vasos de decoração”.
Com informações da Polícia Federal