O executivo Rafael Kiso, gestor da mLabs, plataforma de gestão de mídias sociais do grupo Stone.Co, disse através de comunicado que a empresa “foi surpreendida por uma ação do Facebook que, sem qualquer aviso ou advertência prévia decidiu, de forma abrupta e deliberada, ocultar as postagens realizadas por intermédio da plataforma das páginas de mais de 332 mil empreendedores”.
Segundo Kiso, foram ocultados 39 milhões de posts, inclusive os realizados por 47 mil agências de comunicação (publicidade, PR, promo, digital). O executivo disse que consultou o Facebook, mas não obteve resposta. A informação passada à mLabs foi que a medida foi consolidada na sede da empresa, nos Estados Unidos. Caso prevaleça, o negócio da mLabs vai quebrar, nas palavras de Kiso.
O Facebook não fazia cobranças para a mLabs realizar seu serviço de agendamento e aceleração de posts. Kiso, porém, disse ter ouvido que o uso do login dos clientes para acessar às plataformas do Facebook está no centro do imbróglio.
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“Não tivemos tempo para conversar. Outro ponto é que o Facebook nos concedeu autorização para prestarmos o serviço”, observa Kiso, que respondeu à questão sobre a relação das leis de proteção de dados que estão sendo implantadas em vários países, como o Brasil. “Pode ser que sim, mesmo porque o Facebook está sofrendo sanções em muitos lugares. O ponto é que foi uma decisão arbitrária e que aparentemente não tem volta. No início de junho eles lançaram um serviço de agendamento no Stories, mas não disponibilizaram na API (Application Programming Interface), que é o acesso para terceiros. Isso é abuso de poder econômico. Nossos clientes, inclusive, já receberam notificações do Facebook sobre esse novo serviço”.
Em nota, o Facebook disse que “a mLabs estava envolvida em coleta não autorizada de dados e de credenciais de usuários, o que são violações dos termos de uso do Facebook e do Instagram. Suspendemos o acesso da mLabs aos nossos serviços e enviamos uma notificação extrajudicial a eles sobre o ocorrido”.
