Grêmio e Internacional emitiram notas, na tarde desta quarta-feira (10), após os jogadores Nathan, do Tricolor, e Maurício, do Colorado, serem citados nos novos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro.
Maurício confirmou ter sido para participar do esquema, mas negou ter aceito a proposta. De acordo com a investigação, ele teria sido abordado inicialmente por um intermediário e rechaçado a ideia. Uma segunda tentativa foi feita e novamente negada por ele.
O Colorado afirmou, na nota, acreditar na inocência do atleta. O Inter declarou ter depurado a citação do nome de Maurício no esquema. Segundo o clube, o atleta “apresentou os elementos e provas robustas que demonstram a sua não participação em quaisquer fatos irregulares que estão sendo veiculados.” Maurício, entretanto, foi sacado da partida diante do Athletico Paranaense pelo Campeonato Brasileiro. Ele retornará normalmente às atividades com o elenco a partir da quinta-feira (11), estando à disposição para a sequência da temporada.
Já Nathan, hoje no Grêmio, teria sido aliciado quando ainda era atleta do Fluminense. Porém, ele não teria cumprido com o acordo por ter sido deixado no banco na partida diante do Fortaleza, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Na nota, o Tricolor informou que procurou Nathan para esclarecimentos sobre o caso. O atleta teria confirmado a proposta, mas negado participação. “De posse das informações, o Grêmio manifesta repúdio às tentativas espúrias de interferência na lisura do futebol e reafirma seu compromisso de zelar pela transparência do jogo e agir proativamente na conscientização de seus atletas, corpo técnico e colaboradores, no intuito de prevenir quaisquer desvios de conduta que afrontem os regramentos da Fifa e da CBF”, segue o texto.
Justiça
Ainda nos desdobramentos mais recentes do caso, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que determinará a instauração de inquérito na Polícia Federal (PF) para investigar o esquema. Na visão de Dino, há “indícios de manipulação de resultados em competições esportivas.”
A manifestação do ministro surge na esteira de ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao ministério e à Presidência da República, para que a PF entre no caso centralizando as informações a respeito da investigação.
Em nota, a entidade máxima do futebol brasileiro ressaltou que, após a comprovação dos fatos, espera que as sanções cabíveis sejam tomadas pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A CBF negou, entretanto, a possibilidade de suspender as competições em andamento.