
A Força Aérea Brasileira (FAB) deu um passo crucial no final de novembro ao iniciar os testes de disparo do míssil Meteor a partir do caça F-39 Gripen. Essa união é considerada a combinação aérea mais avançada e letal da América Latina, integrando uma aeronave de ponta com um armamento de destaque no cenário global.
Este é um avanço importante para que o Gripen atinja sua capacidade operacional total de armamentos já em 2026, reforçando as forças de defesa aérea do Brasil.
O Meteor é um míssil com capacidade “Além do Alcance Visual” (BVR). Isso significa que, operando em conjunto com os sistemas avançados do Gripen, ele permite rastrear e engajar alvos que estão fora do campo de visão dos pilotos, mas que foram detectados pelo radar.
Essa capacidade amplia o campo de batalha, permitindo que a aeronave ataque ameaças mantendo-se menos exposta em um cenário de conflito.
O míssil utiliza combustível sólido, o que garante uma aceleração contínua até a proximidade do alvo, mantendo sua energia para dificultar a fuga da aeronave inimiga.
Sua ogiva se fragmenta na explosão, que pode ocorrer por impacto ou por detecção de proximidade suficiente do objetivo.
Originalmente desenvolvido para atender seis nações (Reino Unido, Alemanha, Suécia, França, Espanha e Itália), o Meteor é hoje utilizado por diversos outros países, como Grécia, Catar e Índia.
Para se orientar para onde ir, ele conta com três sistemas: inercial, datalink bidirecional e radar. O sistema inercial usa instrumentos para direcionar o míssil, enquanto o datalink recebe informações do caça Gripen ou outra aeronave equipada radar na proximidade que tenha identificado o alvo.
Na etapa final, um radar próprio do míssil o orienta para a aeronave inimiga, movendo seus sistemas de navegação em direção definitiva ao alvo. Esse sistema triplo é um diferencial desse míssil em comparação com o Iris-T, outro modelo de míssil usado pela FAB, mas que é de curto alcance.