DE OLHO EM 2026

Eduardo Leite admite concorrer ao Senado caso projeto presidencial não avance

Declaração foi feita durante o Fórum da Liberdade; tucano também lançou o vice-governador Gabriel Souza ao Piratini de forma mais contundente

Foto: Mauricio Tonetto/Secom
Foto: Mauricio Tonetto/Secom

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou a possibilidade de concorrer ao Senado em 2026 caso seu projeto presidencial não avance. Cotado para concorrer à presidência, o tucano considera participar da corrida no Estado diante das múltiplas possibilidades para candidaturas de centro e direita.

“Não é descartado para mim uma eventual candidatura ao Senado. É uma das formas de contribuição com o RS e com o Brasil. Mas essa decisão vai ficar mais para frente. Olho para a eleição presidencial, mas com toda liberdade de construir caminhos”, disse.

A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva no Fórum da Liberdade, evento de debates políticos, econômicos e sociais que ocorreu nos dias 03 e 04 de abril na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Leite palestrou ao lado do governador mineiro Romeu Zema (Novo). A dupla, tida como presidenciável, palestrou no painel intitulado “Qual é o Futuro do Brasil?”.

“Vi que muitos aqui torcem pelo Zema. Zema, se for contigo, ‘tamo junto’. Se for com outro que a gente ache, sem problemas. O importante não é só sobre tirar esse governo (Lula), mas construir politicamente, formar uma coalizão e sustentar uma agenda de transformação para o Brasil”, discursou Leite.

Com tantos nomes cotados para a corrida presidencial, Zema entende a dificuldade de se formar uma grande aliança do centro à direita para polarizar a eleição com o PT. “Eu gostaria que a direita e a centro-direita se unissem. Mas eu e Eduardo Leite sabemos das dificuldades disso se concretizar. Vejo que mesmo que a direita lance dois ou três candidatos, se ela ficar unida no segundo turno, já seria um feito e tanto”, disse o mineiro.

Além dos governadores gaúcho e mineiro, existem outros nomes da direita cotados para concorrer à presidência. Ao menos Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Júnior (PSD-SC), Pablo Marçal (PRTB-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Michelle Bolsonaro (PL-RJ) são tidos como possíveis herdeiros político-eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

PSDB com futuro incerto

O Partido da Social Democracia Brasileira negocia com ao menos três siglas para uma possível fusão: Republicanos, Podemos e Solidariedade. Antes, já articulou para se juntar ao PSD e buscou uma federação com o MDB. O partido deve definir seu futuro até o final de abril.

“Há uma expectativa de que até o final de abril o partido tenha algo bem encaminhado. A partir dessa deliberação é que vou entender se o caminho que o partido adotou atende à minha visão do mudo, da política, da minha participação na política, ou se terei que procurar outro caminho”, declarou o governador gaúcho, ao ser questionado pelo Correio do Povo.

Leite encaminha vice Gabriel Souza como seu sucessor

Após dois mandatos como governador, Leite agora trabalha sua sucessão no Palácio Piratini. Assim, de forma mais contundente, lançou seu vice Gabriel Souza (MDB) para ser candidato.

“Trabalharei aqui para eleger Gabriel Souza governador do Estado porque acredito na capacidade dele de entregar resultado. Acompanhou a gente”, declarou Leite.