Brasil

Aumento nos impostos dos combustíveis deve ser repassado nos preços das bombas

Gasolina será vendida sem a cobrança dos impostos praticados normalmente.
Gasolina será vendida sem a cobrança dos impostos praticados normalmente.


Um aumento de no mínimo cerca de R$ 0,40 no preço do litro da gasolina nas bombas, de R$ 0,20 no litro do álcool e de R$ 0,45 no preço do óleo diesel. Esse deve ser o impacto imediato do aumento de imposto confirmado pela equipe econômica do governo federal sobre os combustíveis e que está valendo a partir desta sexta-feira, dia 21.

A medida, anunciada como forma de amenizar o rombo nas contas do governo, foi criticado por empresários e pelos consumidores. A oposição afiorma que, mais uma vez, o governo do presidente Michel Temer opta em penalizar os mais pobres.

O presidente afirmou na Argentina que o brasieliro vai entender a medida.

“A população vai compreender porque esse é um governo que não mente. Não dá dados falsos. É um governo verdadeiro. Então, quando você tem que manter o critério da responsabilidade fiscal, a manutenção da meta, a determinação para o crescimento, você tem que dizer claramente o que está acontecendo. O povo compreende”, disse.

Para Temer, o aumento nas alíquotas do PIS/Cofins é necessário para manter a meta fiscal e assegurar o crescimento econômico.

Há quem calcule que o aumento dos impostos deve gerar um salto ainda maior nos preços finais dos combustíveis, que poderia chegar a custar R$ 0,89 a mais aos motoristas para cada litro de gasolina, se levada em consideração também a incidência da Cide,

O decreto determinando o aumento está publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. A alíquota subirá de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passará de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentará para R$ 0,1964.

Com dificuldades em recuperar a arrecadação, o governo decidiu aumentar tributos para arrecadar R$ 10,4 bilhões e cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões.

O aumento será para as refinarias e importadores e, no caso do etanol, para produtores e distribuidores, e será repassado aos postos. Entretanto, caberá aos donos dos postos decidirem se repassam toda a alta para as bombas, ou seja, para os consumidores.

Mas o custo desse aumento deve ser ainda maior, a medida em que deve encarecer o frete dos produtos, o que poderá gerar impacto no preço de artigos da cesta básica e provocar um aumento da inflação.