A vigência da interdição cautelar referente ao produto Colgate Total Clean Mint, determinada em 27 de março deste ano, foi retomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta semana.
“A medida estava suspensa em razão de um recurso da empresa, porém a própria fabricante retirou o recurso, que tinha efeito suspensivo sobre a interdição. Assim, a interdição do produto continua em vigor”, alegou a agência.
A ação é baseada na Lei 6.360/1976. Ela estabelece que, em caso de risco à saúde, é possível suspender a comercialização ou distribuição até que se esclareçam as questões relacionadas à segurança do produto. A interdição tem prazo previsto em lei de 90 dias.
O que aconteceu?
De acordo com a Anvisa, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, foram registradas oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca. Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
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O produto, que começou a ser comercializado em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.
Empresa
Em nota ao Estadão em 21 de março, a empresa afirmou que o fluoreto de estanho é seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais ao redor do mundo. A Colgate disse também que ‘a nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil’ e que os produtos e ingredientes ‘passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo’.
A empresa reconheceu, porém, que ‘uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores‘. Nessas situações, ela recomendou que os consumidores parassem de usar o produto. Com a interrupção, ‘qualquer reação relacionada a ele cessará‘, disse a Colgate.
Fonte: Correio do Povo
