
No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre remédios para disfunção erétil
O uso de medicamentos como tadalafila e sildenafila, indicados para o tratamento da disfunção erétil, é cada vez mais comum entre homens de diferentes idades, mas a segurança cardiovascular dessas substâncias ainda é uma dúvida muito comum, principalmente entre pacientes que já têm alguma condição cardíaca.
De acordo com o médico cardiologista Dr. Rafael Marchetti, o uso desses medicamentos é considerado seguro em muitos casos, desde que respeitadas algumas condições clínicas. Muitas pessoas têm receio sobre o uso de medicações para disfunção erétil em relação ao risco cardiovascular, mas, se não houver uma doença cardíaca descompensada, esses medicamentos são relativamente seguros.
A principal preocupação, segundo o especialista, está na interação medicamentosa com outras drogas de uso contínuo, principalmente os nitratos,como aqueles utilizados no tratamento de angina. O maior risco do uso desse tipo de medicamento é a sua interação com outras medicações, como os nitratos sublinguais, essa combinação pode provocar queda perigosa da pressão arterial e levar a um quadro grave. Ou seja, o uso de sildenafila ou tadalafila deve ser evitado em pessoas que fazem uso frequente de medicamentos à base de nitrato, comuns em pacientes com doenças coronarianas. Fora esses casos, e com uma avaliação cardiológica prévia, o uso pode ser indicado com segurança.
O medicamento à base de sildenafila, mais conhecido pelo nome comercial Viagra, foi originalmente desenvolvido para tratar hipertensão pulmonar, uma condição cardiovascular grave. A sildenafila ainda é usada com essa finalidade hoje, foi durante os estudos clínicos para hipertensão pulmonarque se observou um efeito ‘colateral’, a melhora na ereção”, explica o Dr. Rafael Marchetti.
Esse “efeito colateral” levou ao redirecionamento da pesquisa e à consagração da sildenafila como tratamento para disfunção erétil, ainda assim, seu efeito vasodilatador continua sendo valorizado em alguns tratamentos.
A disfunção erétil (DE) pode ser um sinal precoce de doenças cardiovasculares (DCV), já que ambas compartilham fatores de risco como problemas nos vasos sanguíneos, inflamação e baixa testosterona. Além disso, ela também pode afetar a adesão ao tratamento cardíaco. Identificar a DE permite agir preventivamente de forma simples e acessível. Alguns medicamentos pioram a DE, enquanto outros são mais neutros ou benéficos.