
No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre como o estresse pode reduzir a sua longevidade.
O estresse tem se tornado um problema de saúde pública global, mas o Brasil é um dos focos onde há picos do problema. De acordo com o relatório “World Mental Health Day 2024”, o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade.
O estresse crônico afeta todo o organismo, aumentando os níveis de cortisol e favorecendo doenças como hipertensão, diabetes e depressão. Inicialmente, a resposta ao estresse envolve a liberação de hormônios como as catecolaminas e o cortisol, que desempenham um papel protetor ao preparar o corpo para situações de luta ou fuga. No entanto, quando esses hormônios permanecem em níveis elevados por conta do estresse crônico, suas funções se tornam prejudiciais, acelerando a progressão de diversas doenças. Dessa forma, o impacto cumulativo do estresse crônico sobre o organismo não apenas desgasta os sistemas corporais, mas também diminui a capacidade do corpo de se regenerar e se proteger contra novas agressões.
A principal revelação é que o estresse, em si, não é o problema central. O verdadeiro desafio reside na falta de recuperação adequada. A recuperação não apenas permite que o ser humano reponha suas energias, mas também promove o crescimento e o desenvolvimento, atuando como o gatilho para tornar o sistema mais resiliente e antifrágil.
Estudos mostram que o estresse constante afeta diretamente as células do corpo, reduzindo a produção de antioxidantes naturais e favorecendo a inflamação crônica. Esse processo causa o envelhecimento precoce, comprometendo órgãos vitais e aumentando o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. A exposição contínua ao estresse também pode comprometer a qualidade do sono, reduzindo a capacidade do organismo de se recuperar e equilibrar os hormônios essenciais para uma vida longa e saudável, destacam especialistas.
Gerenciar o estresse de maneira eficaz é essencial para assegurar uma vida longa e saudável. Praticar atividades físicas regularmente, por exemplo, libera endorfinas, popularmente conhecidas como “hormônios da felicidade”, que são essenciais para o bem-estar.
Para integrar essas práticas de recuperação no dia a dia, é possível realizar atividades em diferentes níveis:
Nível micro: Reserve pequenas pausas ao longo do dia para caminhar, tomar um café ou simplesmente respirar; meditar; realizar refeições agradáveis com amigos ou familiares; e incluir exercícios aeróbicos na rotina;
Nível médio: Priorize noites de sono reparadoras e aproveite dias de folga para se desconectar e relaxar;
Nível macro: Planeje férias de acordo com suas preferências pessoais para proporcionar um descanso mais prolongado e significativo.
Essas práticas, inseridas na rotina diária, contribuem significativamente para melhorar a capacidade de recuperação e, consequentemente, lidar melhor com o estresse.