Imagem: Reprodução Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre a imunoterapia como aliada no tratamento de câncer de pele.

A incidência de câncer de pele continua crescendo em todo o mundo. No Brasil, onde a radiação solar é elevada durante todo o ano, especialistas reforçam a importância da detecção precoce e destacam a imunoterapia como uma importante aliada no tratamento.

A oncologista Caroline Albuquerque, da Oncoclínicas de Porto Alegre, explica que a imunoterapia faz o próprio sistema de defesa da pessoa reconhecer e combater a doença. “No câncer de pele utilizamos anticorpos que bloqueiam o freio do sistema imunológico”, explica. Às vezes, é usada mesmo antes de uma cirurgia. Estudos mostram que, dependendo da resposta observada, o tratamento pode ser modificado mesmo depois da cirurgia, reduzindo o seu tempo de adoção em alguns casos.

No Brasil, a imunoterapia está aprovada para o melanoma, tanto como tratamento adjuvante, após a cirurgia, para reduzir o risco de recidiva, quanto para casos que já se disseminaram ou não conseguem ser operados. Em relação ao carcinoma espinocelular e basocelular (os tipos mais comuns e menos agressivos de câncer de pele), por enquanto, a imunoterapia é indicada para situações em que a doença já está disseminada ou que não pode ser completamente retirada numa cirurgia. A liberação destes tratamentos para as demais situações está em avaliação pelas agências reguladoras.

Mesmo com avanços no tratamento, os especialistas reforçam que a prevenção é o melhor caminho para evitar o desenvolvimento do câncer. “A incidência de câncer de pele está aumentando globalmente principalmente pela maior exposição à radiação UV (ultravioleta), envelhecimento populacional, efeitos das mudanças climáticas que intensificam a radiação ultravioleta, além de melhor rastreamento e diagnóstico que elevam os números detectados.

O câncer de pele é o tipo de neoplasia mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos. No Rio Grande do Sul apresenta quase o dobro de incidência quando comparado com outras regiões do país. Enquanto a média nacional é de 101,95 novos casos por 100 mil habitantes/ano, no Estado a estimativa é de 197,54 casos.

A forma mais eficaz de prevenção é evitar a exposição direta ao sol (especialmente entre 10h e 16h, quando a radiação UV é mais intensa), e investir em proteção física consistente, como chapéus de aba larga, roupas com proteção UV e óculos escuros adequados. Embora o protetor solar seja importante, a barreira física e o comportamento de evitar o sol são as medidas mais protetoras. Isso reduz de forma significativa o dano cumulativo à pele e o risco de desenvolver tumores cutâneos ao longo da vida. Práticas de bronzeamento, seja por exposição solar direta ou por cabines/camas de bronzeamento artificial, aumentam a chance de desenvolver câncer de pele.