No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre o que o estilo de vida tem a ver com sua saúde hormonal.
Pesquisas recentes revelam como interações hormonais e epigenéticas influenciam desde o estresse até a agressividade. A ciência avança no entendimento das interações entre genes, hormônios e comportamento. Estudos recentes em revistas de alto impacto apontam que a modulação hormonal pode alterar a expressão gênica em áreas específicas do cérebro, afetando diretamente respostas emocionais e sociais. Entretanto, a maior parte dessas investigações ainda se baseia em modelos animais, o que impõe limites à extrapolação direta para humanos.
Segundo especialistas, estamos diante de um paradigma integrado, onde a ação hormonal não apenas modula a expressão de genes envolvidos na resposta ao estresse ou no comportamento materno, como também é influenciada pelo próprio comportamento. É uma via de mão dupla.
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Um dos exemplos mais consistentes está na modulação do gene CRH, responsável pela liberação de corticotropina, um componente-chave do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Alterações nesse eixo têm sido associadas à ansiedade e à depressão.
Ambientes adversos na infância deixam marcas epigenéticas duradouras, predispondo o indivíduo a respostas emocionais desreguladas na adolescência. A puberdade foi apontada como um período crítico em que genes e hormônios interagem fortemente. “O momento em que as mudanças pubertárias ocorrem é altamente herdável, e esse tempo influencia comportamentos sexuais e de risco. Isso mostra que o relógio biológico tem implicações comportamentais e sociais importantes, conclui.
A integração entre neurociência, endocrinologia e genômica não é mais opcional — é a única via possível para compreender a complexidade do comportamento humano em sua totalidade biológica e experiencial.
