JOGOS DE AZAR

Polícia Civil desmantela duas casa de apostas em Flores da Cunha

Equipamentos estavam em dois bares na região central da cidade

Um total de 25 máquinas caça-níqueis foram apreendidas, na tarde de quarta-feira (16).
Um total de 25 máquinas caça-níqueis foram apreendidas, na tarde de quarta-feira (16). | Foto: BM/Flores

Dois estabelecimentos que proporcionavam jogos de azar foram alvos de uma operação da Polícia Civil (PC), em Flores da Cunha. Um total de 25 máquinas caça-níqueis foram apreendidas na tarde de quarta-feira (16).

A localização exata dos dois estabelecimentos, alvos da operação, não foi divulgada, mas sabe-se que são bares que ficam na região central do município. A ação contou com apoio da Força Tática da Brigada Militar (BM) e Guarda Civil Municipal (GCM) e foi possível a partir de denúncias anônimas.

Na operação foram apreendidos, ainda, R$ 6.736 em moeda corrente e 20 pesos mexicanos, além de diversos materiais relacionados aos jogos de azar. As máquinas apreendidas ficarão sob custódia da Polícia Civil.

Três pessoas, responsáveis pelos bares foram identificados. Eles poderão responder criminalmente pela exploração de jogos de azar em local público.

Por que jogos de azar foram proibidos no Brasil?

Os capítulos mais marcantes da história da jogatina no Brasil começaram a ser escritos em meados do século 20. Em 1933, o presidente Getúlio Vargas decidiu legalizar o jogo associado a espetáculos artísticos, inaugurando a era de ouro dos cassinos no país, que perduraria até 1946.

No Rio de Janeiro, estabelecimentos luxuosos se multiplicaram, entre os quais o Cassino da Urca. Grandes cantoras, como Carmen Miranda, ganharam fama nos salões. Em Petrópolis, região serrana do Rio, o Palácio Quitandinha foi inaugurado com pompa em 1944, descrito como o maior cassino da América Latina. Mas funcionou apenas dois anos.

Após assumir o lugar de Vargas, Eurico Gaspar Dutra proibiu, em maio de 1946, os jogos de azar no país. A medida foi tomada após a publicação de reportagem no jornal O Globo retratando “as fábricas do vício e do crime”, como foram chamados os estabelecimentos. O texto escandalizou a primeira-dama Carmela Dutra, que teria influenciado a decisão.

Em 1993, a Lei Zico autorizou a volta de bingos, para entidades esportivas angariarem fundos a partir da atividade.