Ao completar 94 anos nesta quarta-feira a Cooperativa Vinícola Garibaldi pode ser vista como um modelo de união de pessoas em busca de um mesmo objetivo e que resultou na história de uma vinícola sólida e reconhecida por seus produtos de qualidade e competitivos
A responsabilidade socioeconômica e ambiental estão estão entre os ideais cooperativos e isto já foi preconizado pelos 73 cooperados fundadores, no longínquo 1931. Agora, reorganizados para o cenário atual, da emergência climática, esses compromissos ganham ainda mais relevância. Investimentos em maquinário, em técnicas de manejo e em novas cultivares têm sido, durante os últimos 15 anos, a cartilha para a Cooperativa Vinícola Garibaldi, ao mesmo tempo, exercer a sustentabilidade do negócio e avançar no mercado, projetando seu nome aqui e no exterior.
A pesquisa de novas variedades, com a manutenção de um vinhedo experimental onde são cultivadas mais de 60 variedades, faz parte desse contexto. Com isso, a cooperativa busca castas que, além de se adaptarem ao terroir local, possam oferecer ao mercado produtos inovadores. Exemplo disso está expresso no vinho branco Garibaldi VG Palava, primeiro do país elaborado com a uva homônima, originária da República Tcheca e lançado em 2024. O vinhedo experimental também é estratégico para encontrar variedades que sejam mais resistentes a pragas fúngicas e mantenham a excelência da matéria-prima para a elaboração dos produtos da cooperativa, premiados ao redor de todo mundo.
Também pesquisas e viagens técnicas estão no radar da companhia, de modo a aprofundar as possibilidades sustentáveis de produção. Diante das mudanças climáticas em curso, com extremos ora de chuva, ora de seca cada vez mais comuns, essa prática se torna ainda mais necessária. Um dos principais passos nesse sentido é o desenvolvimento de um estudo com as chamadas uvas Piwi, mais resistentes a doenças originadas por fungos. Com diversas variedades viníferas, essas uvas são cultivadas de forma experimental e algumas delas já estão passando por processos de microvinificações – para testes de resultados de produtos.
Planejar a continuidade
Embora sem previsão de lançamento, o interesse por uma agricultura que dialogue com as melhores práticas agrícolas, um movimento iniciado há décadas e que inclui, entre outras iniciativas, treinamento em programas pela Global G.A.P. (certificação de produtos internacionais) e assistência técnica na propriedade, lança a cooperativa numa missão em busca da perenidade do negócio.
“Nosso grande desafio é planejar a continuidade da cooperativa”,
diz o presidente da organização, Oscar Ló (foto abaixo).
Para alcançar essa meta, a cooperativa se baseia no trabalho por propósito.
“Temos um planejamento muito claro do que queremos para o presente e para o futuro. Esse planejamento é de conhecimento de todo o público com que a Garibaldi se relaciona e assim, com objetivos estratégicos claros a todos os envolvidos, sem dúvida nosso futuro é promissor”,
prevê Ló.