“É um dia de tristeza para todos nós a Sociedade Gaúcha perde dois bravos protetores do nosso modo de vida, da segurança da sociedade”, afirmou o coronel da BM, Douglas Soares
O subcomandante-geral da Brigada Militar no Rio Grande do Sul, Douglas Soares, concedeu entrevista durante o velório do brigadiano Anderson de Souza Lourenço, morto em acidente que vitimou dois policiais na noite de terça (29). Ele lamentou o ocorrido e apresentou dados sobre incidentes envolvendo a corporação em 2023 e 2024.
“Tivemos essa ocorrência lá em Novo Hamburgo na semana que estava findando. Agora temos essa fatalidade. Para que o senhores tenham uma noção, agora esse mês de novembro nós (BM) faremos 187 anos e na história da Brigada Militar nós já perdemos mais de 600 brigadianos, todos eles defendendo o povo gaúcho. Diariamente, nós temos policiais militares que se ferem atendendo a população. Só esse ano, com dados até setembro, nós tivemos 422 policiais militares feridos durante o atendimento de ocorrência.”
Cinco policiais militares em serviço morreram em 2024 no Rio Grande do Sul
“Com esses dois companheiros que morreram, o Argiles e o Lourenço, dois jovens soldados, um com 25 e outro com 29 anos, vamos totalizar cinco policiais mortos em atendimento de ocorrência.” relatou Lourenço
Os soldados do 4° Batalhão de Polícia de Choque (4° BPChq), Anderson de Souza Lourenço, 29 anos, e Maximiliano da Silva Argiles, 25 anos, não resistiram aos ferimentos resultantes de um capotamento da viatura da Brigada e da colisão em um poste central da rodovia. A guarnição, conforme o coronel, efetuava uma tentativa de abordagem a um veículo suspeito. Os atos fúnebres ocorrem em diferentes cidades nesta quarta-feira (30).
Em 22 de outubro, O soldado Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, faleceu em confronto com um atirador em Novo Hamburgo. Dois dias depois, morreu no hospital o soldado Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, que foi baleado três vezes pelo atirador em Novo Hamburgo. O atirador também matou o pai e o irmão e feriu outras oito pessoas.
O 2º Sargento Fabiano Oliveira, de 47 anos, servia no 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) em Caxias do Sul. Na noite de 19 de junho, ele tentou impedir a ação de criminosos que assaltaram um carro-forte no aeroporto Hugo Cantergiani. Durante a ação, o sargento foi atingido por um tiro de fuzil que perfurou seu colete balístico, resultando em sua morte.
Além dos cinco policiais mortos em serviço, o soldado Joarles Wildelany dos Santos Silva, de 27 anos, que estava de folga em uma praia de Santa Catarina, desapareceu depois de se afogar. O integrante da Brigada Militar de Farroupilha ficou desaparecido por nove dias, até o Corpo de Bombeiros de Imbituba e a Polícia Militar catarinense localizarem o cadáver, a cerca de cinco quilômetros de onde tinha sido visto pela última vez.
A dinâmica dos fatos do acidente em Caxias
No local do velório de Anderson Lourenço, o coronel Douglas também foi questionado sobre os fatos que antecederam o acidente.
“Todos os batalhões de Choque têm a função de fazer o patrulhamento em áreas em que nós temos muita incidência criminal, principalmente a questão das mortes violentas. Essa guarnição estava fazendo isso. Eles estavam no patrulhamento e iriam abordar um veículo e ao se aproximar do veículo aconteceu o acidente. A dinâmica dos fatos agora vão ser estudadas pela investigação. Mas, o fato é que perdemos dois jovens soldados e para nós são mais dois heróis que a Brigada Militar perde.”
O Leouve acompanhou o socorro do acidente in loco. Uma primeira apuração dos fatos, os relatos, entrevistas e informações estão divulgados no site e nas redes sociais do portal.