Comportamento

Bandeira vermelha: Serra Gaúcha regride e terá comércio e serviços fechados

Bandeira vermelha: Serra Gaúcha regride e terá comércio e serviços fechados

O Estado registrou quatro situações de bandeira vermelha nos cálculos do modelo de Distanciamento Controlado. As regiões de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de bandeira laranja para vermelha nesta sexta rodada do modelo, divulgada neste sábado (13) e que entra em vigor na próxima segunda-feira (15), com validade até o dia 21 de junho – com exceção das regiões em bandeira vermelha, que permanecem com essa classificação pelas próximas duas semanas.

As mudanças decorrem de dois fatores: a contínua piora dos indicadores de propagação e de capacidade do sistema de saúde e a revisão dos indicadores e dos pontos de corte realizada pelo Estado, que tornou o modelo mais sensível à evolução da doença e mais restritivo às situações mais críticas da pandemia.

O que altera:

Alimentação
Padarias, restaurantes de prato feito e para retirada ou tele-entrega, podem trabalhar com 50% do efetivo. Serviços exclusivos de buffet, devem estar fechados.

Agropecuária:
Todos setores da produção com metade do efetivo podem atuar, exceto o ramo da pesca, que deve trabalhar com 20%.

Alojamentos
Hotéis em áreas urbanas: 40% dos quartos. Os que ficam em rodovias, 75%.

Serviços
Academias devem fechar. Assim como permanecem sem funcionamento bares e casas noturnas, além de eventos, cinemas e similares.

Serviços bancários
Agências bancárias, lotéricas e correspondentes podem trabalhar apenas com metade dos colaboradores, respeitando regras de distanciamento.

Comércio
O comércio varejista de rua não essencial (lojas), ficarão fechadas por, no mínimo, 14 dias. Lojas de shoppings centers, também. Nestes local, funcionam apenas estabelecimento de alimentação com grande redução e delivery ou retirada.

Comércio essencial: farmácias e mercados, sejam atacadistas ou varejistas, podem abrir com 50% dos funcionários e com restrições e protocolos. Assim como os postos de combustíveis.

Mesmo com os alertas feitos desde semana passada, o Estado continuou apresentando piora nos indicadores em relação à pandemia. O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias, comparado à semana anterior, apresentou um aumento de 32,8%, passando de 241 para 320. O mesmo se observa com o número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTIs, que passou de 280 para 365 internações – crescimento de 30,4%.

CAXIAS DO SUL (SERRA GAÚCHA)

Na região de Caxias do Sul, os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 cresceram 173,9% entre as duas semanas, passando de 23 para 63 hospitalizações. Mesmo sem considerar a alteração na faixa de corte, a região teria obtido a bandeira preta nesse indicador.
Esse elevado crescimento aponta para um alerta ainda maior na região, pois se trata da velocidade do avanço da pandemia, com efeitos que podem permanecer por mais semanas.

Com relação ao número de pacientes Covid-19 em leitos de UTI, a bandeira do indicador passou de laranja para preta. Essa elevação se deve tanto à redução na faixa de corte do indicador quanto ao aumento de 31 para 44 internados entre as duas últimas sextas-feiras.
Os indicadores de incidência de novos casos sobre a população – “hospitalizações confirmadas para Covid-19 em relação à população” e “Projeção de óbitos em relação à população” apresentaram significativa piora.

Assim, considerando as mudanças nos indicadores e o elevado crescimento, ambos variaram de bandeira laranja para preta.

Por fim, o indicador de leitos de UTI livres dividido pelos leitos de UTI ocupados por pacientes Covid-19, mensurado para a macrorregião, foi o pior apresentado no Estado como um todo, sendo a macrorregião da Serra a única a apresentar bandeira preta nesse indicador (na sexta-feira, 12/6, havia 0,75 leito de UTI adulto livre para cada leito de UTI adulto ocupado por Covid na região).

Como esse indicador reflete a capacidade de atendimento, o alerta é bastante expressivo, apontando para uma possível necessidade de transferência de pacientes para outras macrorregiões do Estado.

Abaixo, confira todo o protocolo e alterações

Protocolo Estadual – Todos os setores (1)