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Homem é assassinado dentro de posto de saúde em Porto Alegre

Homem é assassinado dentro de posto de saúde em Porto Alegre

"(Foto:Um homem foi morto a tiros no final da tarde desta quinta-feira, dia 27 nas dependência do Posto de Saúde da Vila Cruzeiro do Sul, Zona Sul de Porto Alegre. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi assassinada em frente a profissionais e pacientes do local, enquanto aguardava atendimento. Até as 19h55, nenhum suspeito havia sido preso.

 

A Brigada Militar (BM) acredita que a morte tenha relação com a disputa entre grupos de traficantes rivais. De acordo com o 9º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela área, pelo menos três homens efetuaram inúmeros disparos contra a vítima. A polícia diz fazer buscas na região.


Segundo guardas municipais que faziam a segurança no local, o crime ocorreu em um corredor do setor de psiquiatria. No momento da ação, o posto estava lotado de pacientes. A Polícia Civil não descarta que até seis pessoas tenham participado do crime. Além disso, é investigada a hipótese de um familiar da vítima ter sido morto na manhã desta quinta, nas imediações do Presídio Central de Porto Alegre.


O assassinato fez a direção do posto de saúde suspender todos os atendimentos, de acordo com técnicos do local. A reabertura deve ser definida nas próximas horas. Após a execução, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, defendeu, por meio de uma nota oficial, que a unidade siga fechada até que haja garantia de segurança.


Veja a íntegra da nota do Simers:
O assassinato de um homem dentro do Postão da Vila Cruzeiro, na zona sul de Porto Alegre, por volta de 18h desta quinta-feira (27), reforçou o alerta sobre a falta de segurança e aumento da violência nas unidades de saúde. O Sindicato Médico do RS (SIMERS) foi acionado por médicos que estavam no plantão do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, um dos maiores do SUS na Capital, tão logo ocorreu o crime dentro das instalações. O postão foi fechado, e plantonistas estão em seu interior.


O SIMERS ressalta que a unidade não pode ser aberta, enquanto não for garantida a segurança, além da tensão e trauma gerados pelo episódio. "Este caso é muito grave, chegamos a um ponto insustentável. As consequências desse ambiente de violência é o medo entre os profissionais e a interrupção de atendimento, que prejudica a população", adverte o Sindicato. Nas últimas semanas, vários postos de saúde em diferentes bairros da Capital foram fechados, após ameaças ou atos violentos, algumas associadas a atividades de crime organizado do tráfico de drogas. A entidade médica se reuniu nos últimos anos com autoridades da segurança pública, cobrando maior segurança.

 

* Fonte: G1