Memória LEOUVE

Construir sete hospitais

Construir sete hospitais

Dei uma passada de vistas ontem no panfleto sem assinatura contendo algumas verdades e muitas inverdades acerca de um candidato a deputado. Li manchetes, vi partes do texto, sempre com asco porque quem não assina denuncias ou acusações tem medo de algo, não pode ou não quer assumir ou então se descompromete com a absoluta verdade, e esta nem precisa ser a verdade dos fatos, mas a sua verdade. Aquilo no que acredita.


O folheto vem com cara de boletim de sindicato e numerado Ano 01, número 01. Ou seja, há pretensão de fazer o número dois e assim por diante. Coisa orquestrada e com palavras que permitem entrever um estilo linguístico reconhecível. É uma espécie de digital que dá indicativo forte da autoria, mas não serve como prova por subjetivo que é.


Já foi dito que em outras ocasiões esta prática da difamação foi tentada. Mexe com os brios do eleitor e da militância. Às vezes o efeito pode ser positivo mas sempre ao risco do tiro sair pela culatra. Veja-se que quem não tinha muita ideia de que a eleição já é no domingo e estava indeciso, desligado, apartado do pleito, acaba por ser jogado para dentro do processo.


Sempre há o risco da polarização ou se é contra ou a favor do candidato em questão. A tentativa foi a de elevar a rejeição em relação ao candidato. Minha opinião é que foi uma má ideia e mal orquestrada. Já aconteceu do outro lado em eleições passadas se bem me lembro e teve gente de boa reputação envolvida. Ou seja, ninguém está livre de cair em tentação e escorregar na questão ética num momento eleitoral.


Enfim, mais um capítulo nesta rica história do folclore e das falcatruas nas eleições do município. A novidade desta vez, fica por conta de ter ocorrido numa eleição de nível nacional e estadual, que até então sempre havia sido mais tranquila,sem embates e expedientes ilegais.
Mas esta eleição tem trazido inúmeras situações que podem entrar para o folclore: A propaganda oficial do PT para a reeleição da presidente Dilma prega um mecanismo contra a corrupção. Dei risada. Será que a agência de propaganda não se enganou?


 O atual vice-governador Beto Grill, fazendo campanha para a um candidato a Governador que não é o atual Governador. No mínimo. Muito estramho, embora ilustre bem que políticos migram tanto quanto as andorinhas, sempre em busca do sol no ocaso de uma estação, ou Governo.


Aí tem candidato a deputado defendendo a legalização dos carros rebaixados, outros a construção de sete hospitais, mesmo que ele e nós saibamos que a construção de um só já pode dar pano pra muita manga…olha, coisas bem interessantes mesmo e que nos levam a pensar.