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'Vou viver mais intensamente', diz mulher dada como morta

'Vou viver mais intensamente', diz mulher dada como morta

Míriam Madalosso da Silva foi confundida com uma amiga que morreu atropelada na tarde de quinta no bairro Rio Branco

 

"MíriamAos 53 anos de idade, Míriam Madalosso da Silva nunca havia passado por uma situação inusitada como a que ocorreu no começo da tarde de quinta-feira (18). Ela teria morrido em um acidente de trânsito por volta das 12h30min, na avenida Rio Branco em frente ao quartel atropelada por um ônibus da Visate, uma vez que a vítima portava documentos dela. No entanto, durante a noite, Míriam ficou sabendo pela imprensa e redes sociais que a mulher que ela havia emprestado um documento de identidade era Liandra Borkhardt, 44 anos, e que havia sido morta atropelada. O susto foi grande. Prontamente, ela ligou para filha Paula de 19 anos, que já estava preparando inclusive todo o funeral e sepultamento em Santa Lúcia do Piaí para  a mãe. "Vou viver mais intensamente", ela relata nesta entrevista. Míriam e Liandra estavam morando temporariamente no Albergue Municipal.

 

Cuidando de idosos e agora morando no bairro Rio Branco, Míriam conta também que emprestou o documento para a amiga Liandra retirar roupas na Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados (Lefan), no bairro Rio Branco. Míriam se queixa do IML que teria feito a confusão, porque a pessoa que morreu é bem diferente da foto que consta no documento. "Não consegui dorimir a noite inteira", relata mais aliviada.

"AtropelamentoMiriam diz que conhecia Liandra há oito anos e as duas se tornaram grandes amigas, e planejavam morar juntos. A mudança ocorreria neste final de semana. Miriam saiu de casa devido a problemas com álcool. Liandra fazia tratamento contra a dependência química no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Reviver, no bairro Cinquentenário e estava no albergue desde 3 de setembro.

 

O corpo de Liandra ainda está no Departamento de Perícias do Interior (DPI), à espera de identificação por parte de familiares. No cadastro do albergue, consta o nome de três filhos e de outros familiares, mas nenhum foi localizado. Ela, que não portava documentos na hora do acidente, foi identificada através de exames digitais no IML.

 

Se alguém tiver contato dos familiares de Liandra basta procurar a polícia ou a Fundação de Assistência Social (FAS) pelo telefone 3220.8700.

 

Ouça entrevista com Míriam Madalosso da Silva.

 

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