Felipe (MDB), candidato em Caxias do Sul: “Temos um plano de futuro organizado, sem falsas ilusões”

O atual vereador Felipe Gremelmaier (MDB) participou, nesta quinta-feira (19), da quarta e última entrevista da série do Grupo RSCOM com os candidatos à prefeitura de Caxias do Sul. Ele concorre pela coligação ‘Somos Mais Caxias’, composta ainda pelo PSD do candidato a vice-prefeito Michel Pillonetto.

A transmissão ocorreu no final da manhã e teve uma hora de duração, em live pelas páginas do facebook do Portal Leouve e da Rádio Viva 94.5 FM – o conteúdo também fica hospedado no canal do Leouve no YouTube. A entrevista foi conduzida pelo editor-chefe do Grupo RSCOM, Ariel Rossi Griffante, e pelo coordenador de Conteúdo, Maicon Rech.

Felipe Gremelmaier cumpre o quinto mandato como vereador e já foi secretário municipal de Esporte e Lazer, de 2009 a 2011, no governo Sartori (MDB), e de Governo, de 2015 a 2016, no governo Alceu Barbosa Velho. Na entrevista ele discorreu sobre as propostas de governo nas principais áreas da administração pública. Confira alguns dos principais trechos:

Saúde
“Temos que trabalhar muito a questão preventiva. Nós precisamos potencializar, por exemplo, o DigiMama, que tem um impacto muito grande na saúde das mulheres e das famílias. Precisamos entender a importância que tem a saúde mental. Os especialistas praticamente desapareceram do quadro de servidores do município, e isso tem um impacto muito pesado na sociedade. Estamos propondo um chamamento público para compras de exames e consultas. Mais um ponto que considero importante, a Estratégia Saúde da Família [programa ESF], que tem um encontro direto com quem aborda as pessoas nas suas residências, tem hoje uma cobertura de somente 50% da área de Caxias, o menor percentual de toda a Serra. Não adianta prometer a construção de UBS se tu sequer vai conseguir equipar ela. Se é para construir, que elas tenham real efetividade. A UPA Zona Sul acredito que se tiver o apoio do governo federal e do Estado, sim. O município não tem como bancar sozinho”.

Educação
“Na educação infantil, muitas vezes a compra da vaga vem através de determinação judicial, e o valor fica muito maior para o município. Na nossa forma de enxergar, temos que construir novas escolas onde existe previsão de crescimento de crianças e adolescentes, para que lá na frente não fiquem ociosas. Na verdade, se pode utilizar a estrutura existente de outras para ampliação. Com relação à UFRGS, é uma conquista de Caxias do Sul e região. Eu sou a favor de parceria do município com várias instituições de ensino, entre elas a UCS e outras faculdades. Agora, a UFRGS tem um papel fundamental. Não se sabe ainda quando começa e nem que cursos virão, mas que essa extensão traga benefícios não só para quem frequenta, mas para a sociedade também”.

Transporte e mobilidade
“A questão da passagens tem que ser falado de forma séria. O conselho [de Trânsito] também deve opinar sobre essas questões. Com relação ao Plano de Mobilidade, tá na hora de Caxias ter ciclovias, porque a gente vai gerar a diminuição dos veículos nas ruas, que mais pessoas vão utilizar as estações de transbordo. As EPIS Norte e Sul são fundamentais para potencializar o transporte coletivo. Temos que ter bons projetos e buscar recursos em Brasília ou através de financiamento. Nós tivemos aqui nosso único e último viaduto entregue em 2009. Fazem 15 anos que não temos uma grande obra viária em Caxias. Cadê a liderança de Caxias para apresentar projeto em Brasília e buscar recurso para um investimento na BR-116? Isso é falta de liderança da cidade”.

Codeca e Samae
“Na nossa visão a Codeca é estratégica para o município. Caxias, hoje, tem o controle da água e do lixo. A Codeca permanecerá pública, assim como o Samae. Nós não namoramos com a privatização porque somos contra a entrada da máfia do lixo em Caxias. Temos que utilizar muito melhor o aterro sanitário. Dentro da Região Metropolitana da Serra, Caxias pode fazer parceria com outros municípios e entregar esse serviço. Quanto mais nos isolarmos, mais vamos ficar bancando muita conta e não ser capazes de investimento interno. A Codeca é um ponto importantíssimo e isso vai gerar recursos para ela se manter e entregar serviço de qualidade. A cidade está suja, está mal cuidada, e necessita de um choque de zeladoria”.