Caxias do Sul

Scalco (PL), candidato em Caxias do Sul: “Estou preparado para administrar a cidade”

Candidato da coligação ‘O Futuro é Agora’ foi o terceiro entrevistado pelo Grupo RSCOM na série com os postulantes à prefeitura de Caxias do Sul, com transmissão pelas páginas do facebook do Portal Leouve e da Rádio Viva 94.5 FM. Confira os principais trechos

Foto: Fernando Santos/Grupo RSCOM
Foto: Fernando Santos/Grupo RSCOM

O atual vereador Maurício Scalco (PL) participou, nesta quarta-feira (18), da terceira da série de quatro entrevistas com os candidatos à prefeitura de Caxias do Sul. Tendo tem como candidata à vice-prefeita a também vereadora Gladis Frizzo (PP), ele concorre pela coligação ‘O Futuro é Agora’, formada ainda pelo Novo e pelo Podemos.

A transmissão ocorreu no final da manhã e teve uma hora de duração, em live pelas páginas do facebook do Portal Leouve e da Rádio Viva 94.5 FM. A enrevista com Scalco foi conduzida pelo editor-chefe do Grupo RSCOM, Ariel Rossi Griffante, e pelo coordenador de Conteúdo, Maicon Rech. Confira alguns dos principais trechos:

Saúde
“Caxias tem 30 mil pessoas esperando para fazer uma consulta, 20 mil para um exame médico e mais de 5 mil esperando uma cirurgia. Vamos trocar de lugar o CES, fazer uma reestruturação geral, aumentando o número de médicos, e também um consórcio regional para os municípios [com pessoas atendidas pelo SUS em Caxias do Sul] ajudarem a pagar a conta. Essa gestão compartilhada [UPAs], que para o funcionalismo é uma espécie de privatização, a gente tem que cobrar metas para melhorar o atendimento e ter uma fiscalização. A UPA Central até hoje não foi homologada, com isso Caxias perde de R$ 400 mil a R$ 500 mil por mês de verba federal. Abrir a UPA Zona Sul não há problema nenhum, mas tem que homologar a UPA Central primeiro, porque senão a nossa despesa só aumenta e não há repasse. De repente, rever a carreira até dos médicos do município para poder dar um estímulo, para nós termos mais médicos também no sistema público”.

Educação
“A parte de creches é importantíssima, porque estão faltando de 3 mil a 4 mil vagas. Eu sou favorável à PPP da Educação Infantil, que será aplicada junto com o BNDES, para a construção de 32 novas escolas em Caxias, que deixa de receber R$ 40 milhões comprando vagas na rede particular. Em alguns bairros, queremos implementar as escolas cívico-militares. As escolas municipais que têm terrenos grandes vamos fazer ampliação, de forma modular. Com relação à chegada da extensão da UFRGS, vamos botar uma equipe designada só para acelerar burocracias, licenças e procedimentos”.

Codeca
“É inadmissível que uma empresa empresa pública que tem um monopólio dê prejuízo cobrando as maiores taxas do Estado. Nós temos que abrir a ‘caixa-preta’ da Codeca, rever todos os contratos. Eles chegam a alugar caminhões, só o cavalinho, a R$ 5,4 mil por dia. Isso é um roubo do contribuinte. Estamos pagando um valor muito caro por esse serviço. Vamos ter que ver porque a empresa veio dando prejuízo durante muitos anos. A Codeca não pode ser privatizada, porque a partir do momento que tu privatiza, é obrigatório por lei abrir nova concessão de serviço público. Com certeza, por estar com a estrutura sucateada, ela não vai conseguir competir com uma empresa que vai entrar no mercado. Ninguém vai comprar uma empresa que está endividada, com alto passivo tributário e trabalhista”.

Segurança
“Nós precisamos aprimorar o cercamento eletrônico, com mais câmeras, e trazer a Inteligência Artificial para reconhecimento nas praças. Vamos chamar mais efetivo da Guarda Municipal. Ter mais a presença dela nas praças, parques, escolas municipais. Nós vamos integrar com as forças de segurança, com a Brigada Militar, Polícia Civil, Bombeiros. Existe a promessa do Estado em trazer mais 130 homens agora para Caxias do Sul. Temos que cobrar que o sistema público estadual traga mais efetivo para voltar a ter o policiamento também no interior”

Máquina administrativa
“Nós precisamos trabalhar junto com os funcionários públicos. Eles são peças-chave para a gente poder entregar melhores serviços à população. Nós gastamos muito em Caxias. O nosso orçamento é quase R$ 3,6 bilhões. Vamos reavaliar todos os processos, reduzir secretarias, reduzir o número de CCs. Nos últimos meses parece que foi uma contratação em massa. Isso custa caro. O dinheiro gasto com CCs a mais, que são desnecessários, faz falta para prestar serviços de zeladoria urbana. Sabemos quanto custa para as pessoas pagarem impostos e nós temos que dar resultado, melhores serviços para a população”.

Festa da Uva e Maesa
“A Festa da Uva é um ferramenta muito importante para Caxias, mas tem que ser feita uma parceria público-privada para a gente poder trazer grandes eventos, reestruturar o parque. Agora a gente tem um elefante branco ali, que custa muito caro, tem poucos eventos e não se paga. [É necessário] um investimento de quase R$ 1 bilhão, mas a iniciativa privada pode gerar uma série de serviços novos à população, O parque tem que se pagar, tem que ser autogerido. Quanto à Maesa, temos um local maravilhoso, central, que pode ser um marco do turismo em Caxias. Dá para botar um polo de inovação, uma série de ações que viabilize o local e que seja sustentável”.

Demais entrevistas

Seguindo a ordem de definida por meio de sorteio, a agenda de entrevistas se encerra nesta quinta (19), com Felipe Gremelmaier (MDB), que representa a coligação ‘Somos Mais Caxias’, junto com o PSD. A série de entrevistas abriu na segunda (16), com o candidato à reeleição Adiló Didomenico (PSDB). Na terça (17) foi a vez de Denise Pessôa (PT).

Além das entrevistas, os candidatos à prefeitura de Caxias do Sul participarão de um debate promovido pelo Grupo RSCOM no dia 2 de outubro. Antes, nos dias 24 e 30 de setembro, ocorrem debates com os candidatos de Bento Gonçalves e Farroupilha, respectivamente.

A cobertura especial do Grupo RSCOM nas Eleições 2024 também abrange os municípios de Flores da Cunha e Garibaldi, onde foram realizadas entrevistas e debates. Os candidatos à prefeitura de Arroio do Sal também foram entrevistados.

Clique e assista a entrevista com Maurício Scalco