O setembro Dourado traz à tona um assunto sobre o qual muitos não querem falar e a maioria das pessoas nem se dá conta que existe: o câncer que acomete crianças. Sinais que antes não existiam, como manchas na pele, dores constantes e fraqueza, entre outros, precisam ser investigados.
Embora rara, a doença oncológica nas crianças tem mais chances de tratamento quando diagnosticado cedo.
“É inadmissível que uma criança não sobreviva por conta da falta de tratamemto. Nos Estados Unidos a sobrevida é de 85%. No Brasil este índice é 64%”, desabafa a médica hematologista Virginia Nóbrega (foto abaixo).
A especialista é consultora do Instituto do Câncer Infantil e esteve em Bento Gonçalves nesta quarta-feira (4) a convite de um grupo de voluntárias que atua na conscientização sobre a doença. O encontro ocorreu no restaurante Tubuna. Virginia faz a ressalva de que o Rio Grande do Sul tem este índice de sobrevida em 74%, mas que é preciso lutar para chegar próximo aos 100%.
A médica revela que não há fila de espera para o início do tratamento oncológico nas pessoas que tenham menos de 18 anos. Mas a terapia é longa e deve ser realizada em um dos centros especializados que estão localizados nas cidades de Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo e Caxias do Sul.
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“O Hospital Tacchini por exemplo, não está preparado para o tratamento de crianças com câncer porque são raros os casos daqui, então o caminho é buscar estes centros especializados”.
Uma dificuldade no diagnóstico do câncer infantil é que, ao contrário da doença em pessoas mais velhas, as crianças não pertencem a grupos de risco com os adultos. Os casos envolvendo fumantes, por exemplo, e mulheres acima de 40 anos podem ser rastreados. Nas crianças, é preciso estar atento a sinais externos.
Voluntariado
Cerca 15 mulheres compõem o grupo de conscientização em Bento Gonçalves, entre elas a psicopedagoga Suzana Lodetti e a administradora Renata Sandrin. O grupo conta com o apoio do clube de serviços Lions, do Círcolo Trentino e dos escoteiros. Juntos, estarão fazendo trabalhos de divulgação e alerta em praças, escolas e consultórios médicos neste mês.
