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Rio Grande do Sul registra segunda menor taxa de mortalidade materna do Brasil em 2022

Com 38,9 óbitos por 100 mil nascidos vivos, Estado se destacou na redução de mortes maternas, superado apenas por Santa Catarina

Rio Grande do Sul
Foto: Divulgação

O Rio Grande do Sul obteve a segunda menor taxa de mortalidade materna do Brasil em 2022, com 38,9 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que registrou 31,6 óbitos. A morte materna é definida como o óbito ocorrido durante a gestação ou até 42 dias após o término, causada por fatores relacionados ou agravados pela gravidez.

Os dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal, publicado pela Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul. Em 2022, o Estado registrou 46 óbitos maternos, uma redução significativa em comparação aos 114 óbitos registrados em 2021, durante a pandemia de Covid-19. A diminuição está associada principalmente à redução dos óbitos por Covid-19, que passaram de 64 em 2021 para apenas seis em 2022.

O boletim revela que, em 2022, a maioria das mortes maternas no Estado ocorreu entre mulheres negras, jovens, com idade entre 20 e 34 anos, que estavam em sua primeira gestação e tinham entre oito e 11 anos de estudo. As principais causas de morte foram hemorragias (19,6%), distúrbios hipertensivos, como pré-eclâmpsia e eclampsia (17,4%), Covid-19 (13%), infecções (13%) e abortos (6,5%).

Antes da pandemia, o Rio Grande do Sul mantinha uma média de 52 óbitos maternos por ano, mas os números dispararam em 2021 devido à Covid-19. Com a pandemia sob controle, os números voltaram a cair, alcançando níveis mais baixos que o período pré-pandemia. O boletim também aponta uma queda no número de nascidos vivos ao longo dos últimos anos, com uma leve recuperação observada em 2023, que ainda não tem os dados consolidados.

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