A quantia de R$ 101 bilhões em grupos de consórcio representa uma alta de 17,8% em comparação com 2022. os números são do Panorama do Sistema de Consórcios, divulgado pelo Banco Central (BC), na última sexta-feira (19).
Segundo o órgão, os dados mostram que o Sistema de Consórcios continua a crescer, com um ritmo ainda mais acelerado após ter superado os desafios causados pela pandemia da Covid-19.
No documento o banco também afirmou que “esse sistema tem se consolidado como importante modalidade de financiamento para aquisição de bens, assim como um relevante instrumento de inclusão financeira”.
Números do segmento:
No relatório, além do aumento dos recursos, o BC enfatizou o crescimento no valor a ser arrecadado e no montante das carteiras dos grupos de consórcios, que alcançaram, respectivamente, R$ 496,9 bilhões (crescimento de 24,9%) e R$ 105,7 bilhões (aumento de 15,5%) até dezembro de 2023.
A instituição também relata que a taxa de inadimplência de consórcios teve uma pequena queda de 0,61%, fechando o ano em 2,54%.
Em 2023, foram vendidas um total de 4,14 milhões de cotas, elevando o número de cotas ativas em dezembro para 10,34 milhões, representando um aumento de 9,7% em comparação com 2022. Dessas, 1,58 milhão foram contempladas durante o período.
As cotas estavam distribuídas da seguinte forma: 4,50 milhões de automóveis, 2,87 milhões de motocicletas, 1,73 milhão de imóveis e 1,25 milhões para os demais tipos de bens e de serviços.
O montante médio dos créditos alcançou R$ 55,3 mil, registrando um aumento de 28% em relação ao período anterior. Além disso, o prazo médio dos consórcios aumentou de 119 para 131 meses.
Concentração:
Ainda segundo o relatório, os estados brasileiros que mais concentraram metade das cotas ativas em 2023 foram São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Em dezembro de 2023, 136 administradoras estavam ativas, sendo 130 com grupos ativos.