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Judiciário determina que político investigado por desvio de doações em Palmares do Sul seja afastado das vítimas

Ministério Público havia pedido a prisão dele. Entretanto, a Justiça deliberou pela medida cautelar

Foto: Divulgação/MP
Foto: Divulgação/MP

O Poder Judiciário determinou medidas cautelares contra um político de Palmares do Sul investigado por coação de testemunhas em caso sobre desvio de doações. O pedido inicial do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi de prisão do pré-candidato nas próximas eleições.

O político é suspeito de ter usado donativos de vítimas da enchente para campanha eleitoral deste ano. Contudo, a Justiça não deferiu o pedido do MP e decidiu medida diversa da prisão, a medida cautelar de afastamento das vítimas.

Conforme o 4° Núcleo Regional – Litoral – do GAECO, ele estava coagindo, nesta semana, um casal de testemunhas. Desta forma, como medida cautelar diversa da prisão, o Poder Judiciário proibiu o investigado de se aproximar a menos de 200 metros das vítimas. Além disso, de se abster de manter contato por qualquer tipo de meio de comunicação, inclusive, através de outras pessoas. Se descumprir, estará sujeito a uma nova decisão judicial que pode acarretar em prisão preventiva.

“A conduta deste político, um vereador, de procurar testemunhas do processo demonstra tentativa clara de interferir indevidamente nas investigações, mostrando desrespeito com as instituições do Poder Judiciário e do MPRS”, destaca o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, autor do pedido.

Ainda segundo o promotor, o político e outras pessoas seguem tendo as ações monitoradas, além de serem alvos de duas investigações.