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Depois de três dias foragido, presidente do Solidariedade se entrega à Polícia Federal

Eurípedes Júnior é suspeito de desviar R$ 36 milhões em recursos de fundos eleitorais e partidários

Foto: Divulgação/PROS
Foto: Divulgação/PROS

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, se entregou à Polícia Federal, na manhã deste sábado (15). Ele estava foragido há três dias. O político foi acompanhado pelos advogados à Superintendência da corporação em Brasília.

Eurípedes foi alvo de uma operação da PF na última quarta-feira (12), mas não foi encontrado na ocasião. Dos sete mandados de prisão preventiva expedidos, apenas o de Eurípedes — que também foi dirigente do PROS (Partido Republicano da Ordem Social) , sigla que se fundiu ao Solidariedade em 2023 — não foi cumprido no dia da operação.

Por meio de nota, a defesa de Eurípedes explicou que, antes de se apresentar à PF, ele se licenciou do exercício das suas funções de dirigente partidário. “Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a inconsistência dos motivos que levaram à sua prisão preventiva, mas também a sua total inocência diante dos fatos que estão sendo investigados no inquérito policial”, alegou a defesa.

Depois de Eurípedes se apresentar à Polícia Federal, o Solidariedade emitiu um comunicado sobre o afastamento dele da presidência da legenda, que será ocupada a partir de agora pelo deputado federal Paulinho da Força (SP).
“Essa solicitação é compatível com o estatuto partidário. Dessa maneira, a secretaria geral do Solidariedade tomará todas as providências necessárias e cabíveis para o seu imediato atendimento, tendo em vista a regular continuidade do exercício da direção partidária”, afirmou a direção nacional do partido.

Além disso, o Solidariedade destacou que “os fatos que estão sob investigação são anteriores à incorporação do PROS pelo Solidariedade — que aconteceu em 2023 —, razão pela qual o partido desconhece quaisquer informações a respeito, além daquelas que estão sendo amplamente divulgadas pela imprensa”.

Investigação

Os outros alvos da operação da PF foram dirigentes, ex-dirigentes e candidatos que concorreram a cargos pelo PROS nas eleições de 2018, antes de a sigla ser incorporada ao Solidariedade. A corporação, entre outras possíveis irregularidades, o uso de candidaturas laranja para receber dinheiro do fundo eleitoral.

Além de candidaturas laranja, os investigadores ressaltam que encontraram indícios de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à FOS (Fundação de Ordem Social), a fundação do partido.