Comportamento

Ministério da Saúde garante abastecimento de vacinas para população afetada pelas enchentes no RS

De acordo com a pasta, todas as solicitações feitas pelo estado estão sendo atendidas pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), respeitando a capacidade de recebimento e armazenamento estadual

Foto: Cristine Rochol / PMPA
Foto: Cristine Rochol / PMPA


O Ministério da Saúde negou quaisquer indícios de desabastecimento das vacinas recomendadas para a população do Rio Grande do Sul afetada pelas enchentes desde o final de abril. De acordo com a pasta, todas as solicitações feitas pelo estado estão sendo atendidas pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), respeitando a capacidade de recebimento e armazenamento estadual.

Felipe Proenço, secretário de Atenção Primária em Saúde e coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde, afirmou em entrevista à Agência Brasil que houve um reforço na imunização. Cerca de 300 mil imunizantes estão disponíveis para atender às demandas, contemplando vacinas para gripe, COVID-19 e tétano, pensadas para atender às necessidades atuais do estado.

Segundo Proenço, os pedidos de imunizantes já estavam sendo atendidos antes das emergências, mas, diante do atual contexto, houve um aumento no envio de vacinas, principalmente as destinadas à prevenção da gripe, COVID-19 e tétano.

O secretário enfatizou a importância de compreender o contexto das enchentes, observando que, com as pessoas nos abrigos e em condições de aglomeração, é esperado um aumento nas doenças respiratórias. Além disso, o risco de tétano aumenta à medida que as pessoas retornam para casa e realizam atividades de reparo após as inundações.

O Ministério da Saúde realiza avaliações diárias para verificar se há novas necessidades diante do cenário dinâmico do estado. Até o momento, os pedidos foram considerados suficientes, de acordo com Proenço.

Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul, confirmou que as vacinas prioritárias, como as contra COVID-19, influenza, tétano, hepatite A e raiva, estão sendo priorizadas no contexto das enchentes.

Para Cristóvão Barcelos, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, embora o ideal seja que as pessoas sejam imunizadas antes de eventos como as enchentes, ainda há tempo para a vacinação preventiva em alguns casos. No entanto, é necessário estabelecer critérios de prioridade devido à impossibilidade de vacinar toda a população afetada pelas enchentes.