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Passadeiras flutuantes do Exército viabilizam a passagem de pessoas no Vale do Taquari

Cinco unidades foram instaladas em rios da região. Elas permitem o deslocamento de moradores de regiões que estavam ilhadas devido aos temporais

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Moradores de cidades do Vale do Taquari vivem uma nova rotina, há um mês, devido ao desastre climático que assolou o Rio Grande do Sul, desde 30 de abril. A queda de pontes privou muitos habitantes de utilizar o meio de transporte mais comum : o automóvel. Pelo menos seis pontes foram destruídas pelas águas na região.

Uma das alternativas de permitir o trânsito foi implantada pelo Exército Brasileiro. A força instalou passadeiras flutuantes provisórias. São estruturas usadas em conflitos para que a infantaria possa cruzar os rios. O uso delas, no entanto, é frágil. Com frequência são danificadas por chuvas e correntezas e precisam ser instaladas novamente.

As passadeiras se tratam de uma estreita ponte metálica montada sobre pequenas estruturas em forma de canoas, que flutuam de um lado ao outro do rio. Há ao menos cinco na região, segundo o Exército. Os moradores têm que passar um atrás do outro e sempre com coletes salva-vidas, colocados pelos militares posicionados nas duas pontas.

A passadeira do rio Forqueta, em marques de Souza, por exemplo, não tem iluminação e fica aberta até o fim da tarde. Os transeuntes precisam se apressar em seus afazeres para não serem barrados do outro lado, sem poder voltar para casa.

Foram instaladas mais três passadeiras. Uma delas em Travesseiro.  Ela já teve que ser retirada duas vezes, devido à forte correnteza. A cerca de 20km, outras duas – uma em cada sentido – foram instaladas sobre o rio Taquari, para unir Arroio do Meio com Lajeado, a principal cidade da região, com mais de 90 mil habitantes.