O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um projeto de lei nesta quarta-feira (24) que proíbe o TikTok no país, a menos que a empresa proprietária ByteDance se desfaça do aplicativo em nove meses. A medida foi aprovada pelo Congresso na terça-feira (23) e faz parte de um pacote de ajuda de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan, aliados importantes dos EUA.
Em resposta, o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, afirmou que a empresa planeja contestar a legislação nos tribunais. Defensores do projeto argumentam que a relação da China com a ByteDance representa riscos à segurança nacional, já que a empresa poderia ser obrigada a compartilhar dados com o governo chinês.
O TikTok é muito popular entre os jovens norte-americanos, um grupo crucial para Biden nas eleições de novembro contra Donald Trump. Além disso, o projeto de lei dá ao presidente dos EUA o poder de classificar outros aplicativos como ameaças à segurança nacional, caso sejam de países considerados hostis.
O projeto de lei impede a empresa de controlar o ingrediente secreto do TikTok: o algoritmo que alimenta os vídeos dos usuários com base em seus interesses e que transformou a plataforma em um fenômeno de definição de tendências. A medida – que tem amplo apoio bipartidário – representa a ameaça mais significativa até o momento às operações do aplicativo nos Estados Unidos, onde ele tem mais de 170 milhões de usuários e se tornou uma potência econômica e cultural.
Os legisladores que pressionam pela restrição citaram preocupações de que a estrutura de propriedade da empresa poderia permitir que o governo chinês obtivesse acesso aos dados dos americanos, alegações que o TikTok contesta. Oponentes da medida do TikTok argumentam que a melhor maneira de proteger os consumidores dos EUA é implementar uma lei federal abrangente de privacidade de dados que atinja todas as empresas, independentemente de sua origem.
Eles também observam que os EUA não forneceram evidências públicas que mostrem que o TikTok compartilha informações de usuários dos EUA com autoridades chinesas, ou que as autoridades chinesas tenham mexido em seu algoritmo.
*Via Jovem Pan