Brasil

Pix se destaca como principal meio de pagamento no Brasil em 2023

A modalidade alcançou um total de R$ 17,2 trilhões em 2023, ficando apenas atrás das transferências via TED, que totalizaram R$ 40,6 trilhões

PIX automático passará a ser obrigatório em outubro de 2024
Ferramenta é gratuita, rápida e disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados e fins de semana - (Foto: Agência Brasil)

Os brasileiros realizaram quase 42 bilhões de transações por Pix em 2023, marcando um crescimento expressivo de 75% em comparação ao ano anterior. Esses dados, fornecidos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseiam-se em levantamentos divulgados pelo Banco Central (BC) e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).

O Pix solidificou sua posição como o meio de pagamento mais popular do Brasil, superando todas as outras formas de transação. Se considerarmos apenas o número de transações, o Pix ultrapassou as operações com cartões de crédito e débito, boletos, Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC), cheques e TEC, totalizando quase 39,4 bilhões de operações juntas.

Essa preferência pelo Pix reflete o uso frequente da ferramenta para transações de menor valor, com o valor médio de cada transação em torno de R$ 420 no ano passado.

Em termos de volume de recursos movimentados, o Pix alcançou um total de R$ 17,2 trilhões em 2023, ficando apenas atrás das transferências via TED, que totalizaram R$ 40,6 trilhões. Enquanto as transações por TED são mais comuns para valores maiores, com um tíquete médio de R$ 46 mil, as do Pix destacam-se pela sua rapidez e praticidade, sendo concluídas em poucos segundos e disponibilizando os recursos em tempo real.

Comparativamente, as transferências via TED apresentaram um leve recuo de 0,2% em relação a 2022, enquanto as transações por Pix cresceram impressionantes 58%, passando de R$ 10,9 trilhões em 2022 para R$ 17,2 trilhões em 2023.

Após o Pix, os meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros foram os cartões de crédito (17,8 bilhões de transações) e débito (16,3 bilhões), seguidos por boletos (4,2 bilhões) e TED (892 milhões).

Quanto aos valores transacionados, após TED e Pix, os boletos lideram com R$ 5,7 trilhões, seguidos por cartões de crédito (R$ 2,4 trilhões) e débito (R$ 1 trilhão).

Criado pelo Banco Central, o Pix foi lançado oficialmente em novembro de 2020 e já conquistou 71,5 milhões de usuários no sistema financeiro. Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, destaca as vantagens do Pix, como a redução do uso de dinheiro em espécie e o impulso à bancarização no país.

O BC ressalta que o Pix está disponível para pessoas físicas, jurídicas e governos com conta em uma das mais de 800 instituições aprovadas pelo Banco Central. Sua operação é gratuita, rápida e disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados e fins de semana.