Opinião

Viva com Saúde – 13/03/2024 – Como abandonar o hábito de roer as unhas

No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre o hábito de roer as unhas.

Viva com Saúde – 13/03/2024 – Como abandonar o hábito de roer as unhas

Roer as unhas sem conseguir parar –muita gente tem esse hábito. A maioria começou na infância, passou pela adolescência e chegou na vida adulta sem abandonar a prática. Isso acontece porque o hábito de roer as unhas, também conhecido como onicofagia, é automático e, muitas vezes, completamente inconsciente.

De acordo com um estudo publicado na revista científica National Library of Medicine, 20% a 30% da população mundial, em todas as faixas etárias, roem as unhas. A vontade de roer as unhas pode ser causada por vários motivos: insegurança, nervosismo, mas até um filme muito emocionante pode levar a pessoa a morder, roer e beliscar as unhas. Geralmente, é uma reação ao medo, estresse ou tédio. Para muitas pessoas, roer as unhas é uma forma de lidar com a pressão emocional ou de se distrair em situações desagradáveis.

Raramente o hábito está associado a uma doença mental. É uma questão de avaliar a intensidade e a gravidade dos efeitos. A situação pode se tornar realmente problemática se as unhas forem roídas até o leito ungueal, o que muitas vezes inflama a matriz e danifica as cutículas. A cutícula pode romper e começar a sangrar.

Pode ocorrer inflamação e a área pode ter infecções. Isso é algo muito sério no campo das doenças dermatológicas. Além disso, o tecido danificado pode doer e inflamar e as unhas podem se deteriorar.

Os problemas causados pelo mau hábito não param por aí. A saúde bucal também pode ser afetada, pois as bactérias podem se acumular nas unhas danificadas e nos restos roídos delas, que vão direto para a boca, aumentando os riscos de doenças e infecções gengivais.

Em crianças, o hábito de roer as unhas geralmente desaparece com o tempo. Para elas, as tinturas e os esmaltes são um método eficaz e comum para fazer com que parem. Essas tinturas e esmaltes são feitos de compostos químicos como o benzoato de denatônio, que tem um sabor extremamente amargo e inofensivo para a saúde. Eles não são tóxicos e não são absorvidos pelo corpo. Assim, a criança, para fugir do gosto amargo, evita colocar os dedos na boca.

Para adolescentes, a puberdade e o desejo de ter mãos e unhas bem cuidadas geralmente ajudam a acabar com o mau costume. Muitos ficam constrangidos com as unhas quebradiças e tentam escondê-las. Afinal de contas, unhas coloridas estão na moda.

Para os adultos que não conseguem parar, o uso de tinturas ou esmaltes também pode ajudar. Ou estratégias para se tornarem conscientes do ato de roer unha: os especialistas aconselham a manter uma espécie de diário. A primeira coisa é entender como e quando ocorre o comportamento, e quais são as possíveis situações desencadeadoras.

As pessoas afetadas podem, então, lidar com o hábito de forma mais eficaz usando ações substitutas. Esse é um método promissor para se livrar de tiques incômodos. Para isso, é preciso desenvolver uma estratégia e segui-la à risca. Por exemplo, se os dedos se moverem em direção à boca, a pessoa deve se condicionar a não colocar a mão na boca e, em vez disso, passar os dedos, por exemplo, na orelha ou o ombro.

Isso redireciona o movimento automático e o guia para um local onde não pode causar nenhum dano. Quanto mais esse movimento de substituição for feito, mais o roedor de unhas vai se acostumar e automatizará seu comportamento.