Na localidade de Vila Azul, no interior do município de Veranópolis, um terreiro de Umbanda foi alvo de atos de vandalismo no início desta semana, entre a noite de domingo (25) e a madrugada de segunda-feira (26).
O local, destinado à prática da religião de matriz africana, foi alvo de um ataque, resultando na destruição de oferendas e imagens de santos. De acordo com as informações, não houve roubo, levantando a suspeita de que o ato se caracteriza como um caso de intolerância religiosa.
A circunstância da propriedade estar em processo de reforma facilitou a entrada dos criminosos, sendo que os espaços já concluídos estavam devidamente trancados e não foram invadidos.
O responsável pelo local, pai Carlinhos, expressou sua consternação diante do ocorrido:
“Infelizmente, trago através dessa declaração que é com grande tristeza que compartilho o vandalismo cometido em nossa cabala. Na nossa cabeça, ainda não faz sentido tamanha maldade, sendo que nenhuma provocação foi gerada, sempre prezamos pelo diálogo e entendimento. Sendo a primeira atrocidade cometida contra a casa, mas não a primeira ameaça. Já passamos por situações bem parecidas, mas nossos guias sempre trabalham para que possamos evoluir não só dentro da casa de religião, mas em vida, como ser humano. É triste, mas é real, porém não devemos nos calar para a intolerância religiosa, está mais do que na hora de acabar”.
O líder religioso também enfatizou que seus seguidores jamais agiram para menosprezar outras crenças. Neste momento, o templo religioso solicita apoio para dar visibilidade ao caso, buscando recursos para recuperar o que foi destruído e concluir a reforma da casa. Uma gira solidária está sendo organizada para arrecadar fundos com esse propósito.
Até o momento, nenhum suspeito foi detido, e a Polícia Civil está conduzindo investigações para elucidar o ocorrido.
Um vídeo circulando na internet mostra os estragos causados, incluindo a destruição de pratos, copos, cortinas, vasos e imagens de divindades como Exu e Pomba-Gira, além de outros objetos litúrgicos.
*Com informações de Jornal O Longevolo