Uma campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT), com foco na prevenção ao trabalho análogo à escravidão, gerou polêmica por utilizar a safra da uva no sul como exemplo para que pessoas tomem cuidado. Após pedido do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, o MPT afirmou que irá retirar o conteúdo de veiculação.
O vídeo destaca um personagem que aceita a oferta de trabalho em uma lavoura de uva no sul, esperando ter sucesso. No entanto, ao chegar ao local, é ludibriado e se torna vítima de escravidão por dívidas. Conforme informações, a campanha está disponível no YouTube desde o ano passado, mas viralizou nos últimos dias quando começou a ser vinculado nos aeroportos do país. Confira:
Na manhã desta sexta-feira (02), houve uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores Rurais com os auditores sobre as ações do Ministério do Trabalho, com a presença do procurador do Ministério Público do Trabalho, de Caxias do Sul.
“Ninguém é a favor de nenhum tipo de exploração, de nenhum tipo de pessoa, mas vincular à nossa colheita da uva ao nosso agricultor, é isso é o que nos deixou muito chateados. Aí pedimos explicação e, inclusive, que fosse retirado”, explica o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cedenir Postal.
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“O procurador do Ministério Público do Trabalho disse que ele ia levar essa demanda adiante e, logo após a reunião, a gente recebeu a informação de que eles irão retirar a vinculação desses anúncios”, afirma Cedenir.
“Nós tentamos, logo depois daquele episódio da safra passada, modificar alguma coisa na legislação, em busca de algo que fosse mais fácil para o agricultor, porque hoje é muito burocrático fazer a contratação. Mas não tivemos sucesso. Então, nós trabalhamos em orientação para os agricultores, fizemos inúmeras reuniões com os agricultores, fizemos mais de 20 reuniões no nosso interior, levando as informações, orientando, levando a informação correta.”, pontua o presidente.
“Agora, durante o período de safra, estamos auxiliando com a equipe do sindicato para que os agricultores possam contratar de forma correta, sem nenhum problema”, conclui Postal.
