O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, vereador Olmir Cadore (PSDB) critica a maneira como foi definida a alteração no serviço materno-infantil do Hospital Pompéia. Como a instituição de saúde finalizou os atendimentos no setor no dia 31 de dezembro, a Prefeitura assumiu a gestão no dia 1ª de janeiro com uma empresa terceirizada até a conclusão das obras no Hospital Virvi Ramos, que irá assumir os atendimentos.
Lembra que enquanto presidente da Comissão legislativa, sempre teve grande preocupação em relação ao que chama de falta de diálogo entre a superintendência do Hospital e a titular da Secretaria da Saúde, Daniele Meneguzzi. Aponta que em seu ponto de vista há uma queda de braço entre as partes que atrapalhou a negociação, sendo previsível que o Executivo teria dificuldades em buscar alternativas.
O presidente afirma que a história do Pompéia não foi valorizada e que se chegou ao fim do ano sem uma solução concreta. Afirma que diante do cenário, foi buscada uma alternativa precipitada de última hora com uma empresa sem o conhecimento devido da realidade da cidade, não atingindo o sucesso esperado. O primeiro dia com o novo atendimento apresentou problemas na escala de profissionais e o plano de continência foi acionado, mas não teve demanda para uso. Cadore também critica que enquanto presidente da Comissão, pelo segundo ano consecutivo, não foi chamado pela Secretaria para participar de reunião sobre as decisões. Garante que enquanto líder do grupo poderia ter ajudado a buscar alternativas.
Do mesmo partido que o chefe do Executivo caxiense, o vereador afirma que sua opinião é isolada e tem o direito de emitir o seu pensamento. Contudo, ressalta, que não se dirige contra o prefeito, pois de acordo com ele, Adiló Didomenico (PSDB) sempre procurou dialogar.
“A maioria dos caxienses nasceu no Hospital Pompéia. Nós tínhamos todas as ferramentas para fazer uma transição da melhor forma possível. Eu sou vereador e aliado ao governo municipal, mas minha opinião é essa. E eu aqui não estou me dirigindo contra o prefeito, ele sempre procurou da sua maneira, diálogo. Mas a secretária, no meu ponto de vista, tem responsabilidade sobre o desfecho que aconteceu”.
Na última quarta-feira (03), a Prefeitura de Caxias emitiu nota de que a escala médica, incluindo ginecologista obstetra, estava completa no setor materno-infantil em funcionamento em área cedida no Hospital Pompéia. A maternidade está sob gestão temporária, via contrato emergencial, com supervisão da SMS, até que seja transferida para o Virvi Ramos.