Agro Rural

Médico veterinário ressalta importância do uso correto de larvicida biológico em arroios de Caxias do Sul

Durante a primavera e o verão o ciclo de reprodução do mosquito borrachudo fica mais acelerado

Médico veterinário ressalta importância do uso correto de larvicida biológico em arroios de Caxias do Sul
Imagem ilustrativa. Foto: Vigilância Ambiental em Saúde/ Prefeitura de Caxias do Sul


A grande presença de borrachudos no interior de Caxias do Sul é uma reclamação de parte de agricultores caxienses. Durante a primavera e o verão o ciclo de reprodução do mosquito fica mais acelerado. A prevenção e o combate passam pelo aplicação do larvicida biológico (Bti).

O médico veterinário e o diretor-técnico da Vigilância Ambiental em Saúde de Caxias do Sul, Rogério Poletto ressalta que a utilização do produto combate as larvas. Explica que o mosquito passa um terço do ciclo de vida no meio aquático, em águas correntes, antes de eclodir e sair picando pessoas e animais.

A aplicação nos arroios é realizada pelos agentes da Prefeitura e também pelos agricultores capacitados. Poletto explica que o produto mata a fase da larva e, sendo assim, necessita de três aplicações com intervalo de 15 dias entre uma e outra, para controle total dos arroios infestados.

Diluído na água do arroio e aplicado com regador, o Bti é distribuído aos agricultores que auxiliam o poder público no trabalho. O médico veterinário lembra que Caxias do Sul conta com uma extensão de mais de 1,1 mil quilômetros  de arroios mapeados. A força-tarefa para aplicação ocorre nos trechos que passam pelas propriedades.

Poletto explica ainda que o aumento da temperatura somado ao período mais chuvoso é favorável a infestação de mosquitos, uma vez que aumenta a dificuldade de aplicação. O cenário resultou em uma explosão momentânea de mosquitos.

A gente teve esse problema do excesso de chuvas desde setembro. A partir do momento que aumenta as temperaturas de primavera e verão, essas infestações de mosquitos e borrachudos ficam mais favoráveis. O clima favorece o desenvolvimento deles. Quando vamos aplicar o produto tem que medir a vazão do arroio, que pode estar barrento e sujo, e o produto não funciona. Essas chuvas muito fortes que tiveram, não conseguimos trabalhar de forma eficiente e surgiu outros córregos temporários, o que favoreceu a proliferação em pontos que nem são mapeados”, explica ele.

Por fim, Poletto lembra que sempre é orientado aos moradores que solicitem o larvicida. O contato com a Vigilância pode ser realizado pelo 54 3901 2503 ou diretamente nas subprefeituras dos distritos.