Polícia

Operação Rota do Vinho desarticula esquema de contrabando de vinhos em SC e RS

As cargas eram frequentemente transportadas mediante a utilização de notas fiscais falsas

Operação Rota do Vinho desarticula esquema de contrabando de vinhos em SC e RS. (Foto: Divulgação)
Operação Rota do Vinho desarticula esquema de contrabando de vinhos em SC e RS. (Foto: Divulgação)

Na manhã desta quinta-feira (07), a Polícia Federal deflagrou a Operação Rota do Vinho, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada na importação, revenda, transporte e distribuição de vinhos de origem estrangeira sem controle sanitário e documentação legal de importação. A ação policial está cumprindo 15 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Porto Vera Cruz, Santo Cristo, Três de Maio, Santa Rosa, Palhoça/SC e Goiânia/GO.

As investigações tiveram início em maio de 2021, quando a Polícia Federal apreendeu aproximadamente 2 mil garrafas de vinho de origem estrangeira, desprovidas de documentação fiscal que comprovasse a legalidade de sua entrada no país. A partir desse ponto, a PF identificou uma sofisticada rede criminosa que importava vinhos da Argentina pela região de Porto Vera Cruz. Posteriormente, essa organização realizava o transporte, armazenamento e distribuição dos produtos para os estados de Santa Catarina e Goiás.

As cargas eram frequentemente transportadas mediante a utilização de notas fiscais falsas, geralmente identificando o produto como suco de uva. Os vinhos eram armazenados em distribuidoras antes de chegarem aos consumidores finais.

Os envolvidos na Operação Rota do Vinho enfrentarão acusações de contrabando, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. As penas acumuladas desses crimes podem chegar a 22 anos de reclusão, além de multas substanciais.

É importante ressaltar que a importação ilegal de vinhos não apenas causa prejuízos fiscais significativos, sonegando milhões de reais em impostos, mas também possibilita a entrada no Brasil de produtos sem qualquer controle das autoridades sanitárias. Esse fato representa um sério risco à saúde pública, uma vez que os produtos não passam por verificações que garantam sua segurança e qualidade.