Comportamento

Vereadores aprovam programa para uso medicinal da cannabis em Porto Alegre

O projeto estipula que é direito do paciente receber gratuitamente medicamentos nacionais ou importados a base de cannabis, desde que devidamente autorizados

Vereadores aprovam programa para uso medicinal da cannabis em Porto Alegre
Foto: Reprodução

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou o projeto de lei que institui o Programa Municipal de Uso de Cannabis para Fins Medicinais. A proposta foi apresentada em 2021 pelo então vereador Leonel Radde (PT).

O projeto, aprovado na quarta-feira (22), estipula que é direito do paciente receber gratuitamente da prefeitura medicamentos nacionais ou importados a base de cannabis, desde que devidamente autorizado por ordem judicial ou pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

As ações previstas no programa incluem diagnosticar e tratar pacientes para os quais o tratamento com a cannabis medicinal possua comprovada eficácia e promover políticas públicas para informar a população a respeito da terapêutica canábica por meio de palestras, fóruns, simpósios e cursos de capacitação de gestores.

Conforme a proposta, o programa tem como objetivo adequar a temática da cannabis medicinal aos padrões e referências internacionais, como Canadá, Estados Unidos e Israel, proporcionando maior acesso à saúde e atendimento adequado aos pacientes com epilepsia, transtorno do espectro autista, esclerose, Mal de Alzheimer e fibromialgia, de forma a diminuir as consequências clínicas e sociais dessas patologias, assim como as consequências de políticas públicas desatualizadas quanto ao uso da cannabis.

“Os medicamentos à base de maconha são prescritos para pessoas com neuropatias, dores crônicas e diversas outras doenças. Eles se aplicam a questões como autismo, epilepsia, TDAH, TOC, síndrome de Tourette, doenças de Alzheimer e de Parkinson, fibromialgia, insônia e dependência química de cocaína e crack, por exemplo. Conforme especialistas, há melhora significativa no quadro dos pacientes”, afirmou o autor da proposta. O projeto segue para sanção do prefeito Sebastião Melo.

Fonte: Jornal O Sul