O diretor-regional do Senac, o administrador e doutor em educação José Paulo da Rosa, foi o convidado do Sindilojas Jovem para uma reunião almoço realizada no restaurante Piacenza nesta quarta-feira.
O evento teve como anfitriões o presidente do Sindilojas Jovem, Marcelo Piccoli, o presidente do Sindilojas, Daniel Amadio, e a diretora do Senac BG, Rosangela Jardim, e contou com a presença de lideranças empresariais, comerciantes, secretários municiais e do prefeito Guilherme Pasin.
Rosa é especialista em educação e responde pela direção do Senac desde 2001. Ele é crítico ferrenho da falta de prioridade que os governos emprestam ao ensino e cita a 63ª posição que o Brasil possui na avaliação internacional PISA, que mede os níveis de aprendizagem dos países.
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“Educação é um dos maiores desafios para que um país seja bem sucedido e no Brasil a média de anos de ensino é de apenas sete anos, o que equivale praticamente ao ensino fundamental.”
Rosa traz o exemplo da Coréia, país que visitou e onde esteve em escolas que comparou às do Rio Grande do Sul em sua tese de doutorado. “Lá há uma ênfase muito grande no ensino fundamental. Os melhores professores, aquele muito graduados são estimulados – inclusive com melhores salários – a trabalhar na educação básica. Aliás, as escolas são bem estruturadas e as aulas em turno integral. Os alunos saem com base muito sólida para a graduação e especializações.” Esta, segundo Rosa seria a principal diferença para o alto grau de desenvolvimento econômico e humano da Coréia em comparação com o Brasil.
Perguntado se há mesmo um oceano de diferença entre aquele país asiático e o Brasil no que se refere à educação e desenvolvimento econômico, Rosa diz não ter dúvidas de que sim: “A Coréia começou a investir em educação lá nos anos 50. Os dividendos vieram a partir dos anos 90. São 40 anos de diferença e nós nem começamos ainda”, define.
