Uma foto viralizou nas redes sociais durante a semana. Devo tê-la recebido pelo menos umas oito vezes. Mostra, quando aproximada, um policial escondido em meio ao capim alto e atrás de uma placa de sinalização, apontando o radar móvel à beira de uma estrada.
A foto foi divulgada aqui e acolá, sempre localizando-a na cidade de interesse de quem a postou ou recebeu. Parece verídica, sua localização que não é. Pode ser em Caruarú ou Dom Pedrito, amanhã ou depois alguém vai decifrar. A polícia federal parece que já se apressou em desmentir que seja na entrada de Bento ou de Veranópolis. Não seria na BR 470 como disseram nas mensagens que recebi.
A bem da verdade importa pouco. A imagem e sua disseminação apresentam um conteúdo que merece mesmo atenção. Um agente policial autuando e valendo-se do mato alto à beira da estrada para se camuflar.
Olha, a gente sabe que quem abusa da velocidade representa risco na estrada e que punir estes maus motoristas é correto. Mas num cenário em que do cidadão se cobra tudo e onde o Estado só faz cobrar sem quase nada devolver, a imagem gera indignação.
Notícias Relacionadas
Brasil
Preço da carne deverá ter reajuste no RS por causa das queimadas
Fornecimento de estados atingidos pelos incêndios no Centro-Oeste do país está menor
Custo de Vida
Governo do RS encaminha isenção de ICMS para cachaça artesanal gaúcha
Estado vai apresentar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a proposta; se aprovada, a nova regra entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025
Outra observação: a polícia rodoviária, sempre se apressa em dizer que não é sua prática autuar assim, de forma camuflada. Pois quero informar aos comandantes que observem melhor seu comandados. Eles sempre estão sim, depois de uma curva ou dissimulados por uma placa de forma a dificultar motoristas a enxergá-los. Então se não querem ser vistos, não desmintam isso.
Aliás, outro dia falei do estado de abandono da RS 453. Pelas reações vi que estou longe de ser o único inconformado. Na terça-feira me desloquei até Garibaldi e pude observar outro abandono: o das obras do famoso trevo da Telasul. Se aquele entroncamento já era perigoso antes, agora montes de terra largada em meio às obras paralisadas são mais um estorvo na visibilidade dos motoristas.
Espera-se que a conclusão desta obra não vire lenda, como de fato já é a ponte sem cabeceiras na RSC 431 entre Monte Belo do Sul e São Valentim.
