Memória LEOUVE

Fimma Brasil abre com reivindicações e expectativa de retomada nos negócios

Fimma Brasil abre com reivindicações e expectativa de retomada nos negócios
A julgar pelos estandes e pelo comparecimento de visitantes, a  Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, a Fimma Brasil 2017, tem seu êxito garantido. Milhares de pessoas acorreram aos pavilhões do Parque de Exposições de Bento Gonçalves para conhecer o que há de mais novo em termos de matérias primas, acessórios e máquinas para a manufatura de móveis.
 

O otimismo permeou os discursos de abertura do evento, às 14h desta terça-feira, dia 28, que contou com a presença do governador José Ivo Sartori e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), embaixador Roberto Jaguaribe.

 

Enquanto autoridades e representantes do setor industrial se revezaram em discursos que destacaram a coragem e o empreendedorismo, além capacidade de superar obstáculos numa época de economia desacelerada; visitantes contornavam a cerimônia e ingressavam nos pavilhões para conhecer os produtos de mais de 500 marcas em 360 estandes.

 

Para o presidente da Fimma, Rogério Francio, a feira tem tudo para surpreender e os expositores que demonstraram confiança na entidade promotora, a A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), sairão satisfeitos do evento. Além de alavancar negócios, o evento deseja projetar a marca do móvel brasileiro. Para isso, está trazendo jornalistas de diversos países.

 

Presidente da Movergs, Volnei Benini destacou a necessidade de que gargalos históricos sejam enfrentados.“Identificar nossos gargalos é o primeiro passo para consertá-los. Ao apontá-los, queremos mobilizar o poder público, a iniciativa privada e a comunidade para que todos façam sua parte em prol do saneamento das dificuldades”

 

Para Benini, são necessárias políticas duradouras para a produção e o consumo, que estimulem a retomada do crescimento e da estabilidade. E não de políticas que fazem com que o consumidor passe por picos de compra, assuma dívidas e gere uma onda de estagnação pela falta de crédito e pela perda de poder de compra, corroída pela alta taxa inflacionária.

 

A diminuição da carga tributária é outro ponto que indica ser necessário combater e entende que a reforma trabalhista é o primeiro passo neste sentido.

 

 O presidente da Apex, Roberto Jaguaribe esteve pela primeira vez na feira e se impressionou com o que viu. Reconhece que a participação do setor moveleiro nas exportações não condiz com a capacidade e a competência  do setor. “ Vamos trabalhar no curto e no longo prazo para mudar este cenário”. Ele admite que o custo Brasil atrapalha mas ressalta que a Apex deve atuar como promotora, não sendo de sua competência agir diretamente em questões de logística ou tributária. Mesmo assim ressalta a importância e a necessidade de trabalhar pela internacionalização da marca dos móveis brasileiros.

 

O prefeito Guilherme Pasin também se pronunciou e teceu elogios ao governador José Ivo Sartori pela coragem das medidas que vem adotando. Chegou a encorajar uma salva de palmas ao governador.

 

Sartori, por seu lado, elogiou os empreendedores, destacou o modelo encontrado para o presidio estadual a ser erigido em parceira entre iniciativa privada e o Governo. Depois percorreu os pavilhões da feira com passo rápido. Era preciso voltar ao helicóptero para não perder um voo de carreira em Porto Alegre. A prometida entrevista coletiva à imprensa acabou não ocorrendo.

 

A Fimma Brasil prossegue até a sexta-feira, dia 31. Os pavilhões abrem às 13h e não é permitido o ingresso de menores de 16 anos.

 

*A cobertura da Fimma Brasil pelo Porta Leouvê tem o apoio do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Simmme) e da Pro-Ação,  Centro de Treinamento e Medicina do Trabalho.