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Organizadores estimam que 10 mil protestaram durante o dia em Caxias do Sul

Organizadores estimam que 10 mil protestaram durante o dia em Caxias do Sul

Os organizadores do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra a Reforma da Previdência estimam que ao menos 10 mil pessoas tenham participado dos atos promovidos durante esta quarta-feira, dia 15, em Caxias do Sul. As atividades foram encerradas por volta das 18h na Praça Dante Alighieri, após uma caminhada pela Avenida Júlio de Castilhos e pela rua Sinimbu, no centro da cidade.

 

A mobilização em Caxias do Sul iniciou ainda durante a madrugada. Por volta das 5h, os manifestantes estavam em frente aos portões da empresa Guerra, no bairro São Ciro. Em alguns momentos, a BR-116 foi bloqueada. No mesmo horário, os manifestantes bloquearam os dois sentidos da BR-116 por mais de uma hora nas proximidades do acesso à empresa Marcolo, no bairro Planalto. A Polícia Rodoviária Federal acompanhou os bloqueios e orientou o trânsito. A Rota do Sol, nas proximidades da empresa Mundial, no bairro Jardim das Hortênsias, e a zona norte da cidade, nas imediações da Brinox, também foram alvo dos manifestantes, que bloquearam as rodovias por alguns minutos. Na ERS-122, o ponto escolhido para ação foi em frente a empresa Fras-le. Ocorreu bloqueio da rodovia estadual entre Caxias do Sul e Farroupilha. 

 

Na sequência das atividades, os manifestantes se concentraram na Praça Dante Alighieri a partir das 10h. Os manifestantes ostentavam cartazes pedindo a saída do presidente Michel Temer e cobrando um posicionamento de políticos gaúchos. Os principais alvos foram Lasier Martins (PSD), Ana Amélia Lemos (PP) e o deputado federal Mauro Pereira (PMDB). No cartaz, a foto deles estava acompanhada dos dizeres: “o voto dele (a) pode acabar com a sua aposentadoria”. 

 

Conforme os organizadores da manifestação, a proposta de aposentadoria integral somente com 65 anos de idade e 49 anos de contribuição praticamente acaba com esse direito adquirido. o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, pediu que os trabalhadores tenham unidade para frear a reforma. “Esse é o momento que a gente precisa se unir. Se não pressionarmos, as reformas vão acontecer. Tem gente que acha que não vai ter retirada de direito dos trabalhadores, mas isso já está acontecendo. Além da reforma da previdência, precisamos lutar também contra a reforma trabalhista”, defendeu.