O presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul, Marlonei Silveira dos Santos, disse que os médicos devem voltar a atender normalmente nas Unidades Básicas de Saúde e nos Centros Especializados de Saúde a partir da próxima segunda-feira, dia 6. A paralisação parcial dos médicos ocorreu durante quarta, quinta e sexta-feira e , conforme levantamento realizado pela Secretaria da Saúde, nos três dias de paralisação 2.249 consultas deixaram de ser realizadas em Caxias do Sul.
A volta dos médicos ao trabalho, no entanto, não significa que o impasse envolvendo o poder público e os servidores tenham chegado ao fim. Os médicos devem voltar às atividade sem cumprir a carga horária completa, o que é exigido pela prefeitura. “A tendência, pelas manifestações que eu tenho recebido, é voltar na segunda-feira da mesma forma de saímos. Batendo o ponto na entrada, atendendo os pacientes e não batendo na saída”, declarou.
Notícias Relacionadas
Brasil
Preço da carne deverá ter reajuste no RS por causa das queimadas
Fornecimento de estados atingidos pelos incêndios no Centro-Oeste do país está menor
Custo de Vida
Governo do RS encaminha isenção de ICMS para cachaça artesanal gaúcha
Estado vai apresentar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a proposta; se aprovada, a nova regra entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025
O presidente do Sindicato também afirmou que cerca de 20 médicos devem pedir exoneração caso sejam obrigados a cumprir a carga horária de 20h semanais. A proposta do Sindicato é reduzir a carga horária desses médicos, mas sem interferir no salário de aproximadamente R$ 5.596,29. A contrapartida dos médicos seria o cumprimento da carga horária de 12h e o atendimento de 18 pacientes ao dia. Conforme Marlonei, isso aumentaria consideravelmente o número de consultas com o mesmo quadro de médicos que a prefeitura tem atualmente. O impacto nas finanças do município seria de aproximadamente R$ 180 mil reais na folha de pagamento.
O que a Secretaria de Saúde propõe é a redução da carga horária dos médicos, mas com a retirada da parcela autônoma, o que reduz o salário para cerca de R$ 3.595,39. O Sindicato dos Médicos pede a criação de uma Comissão Paritária, com representantes da Secretaria da Saúde e do Sindicato dos Médicos. Essa comissão seria a responsável por analisar em detalhes as duas propostas e chegar a um consenso.
