Moradores de pelo menos duas residências da Rua Cantineiro Giácomo Giacomelo, no Loteamento Verona, em Bento Gonçalves, reclamam há mais de seis meses, com órgãos do poder público municipal, do vazamento de uma fossa séptica do condomínio ao lado. A moradora Marisa Campagnoni da Silva, procurou a reportagem do grupo RSCOM para tentar resolver um problema que vem causando transtorno nos últimos meses.
O edifício residencial que fica ao lado de sua residência teria, segunda ela, um vazamento na fossa séptica, causando vazão de esgoto no terreno de sua residência, atraindo mosquitos e deixando forte odor, principalmente nos dias mais quentes.
Segundo ela o Instituto de Pesquisa e Planejamento (Ipurb), a secretaria de Saúde e a Vigilância Ambiental estiveram no local há algumas semanas e constataram o vazamento, mas até agora o problema não foi resolvido “faz mais de seis meses que eu comuniquei o síndico do prédio sobre o vazamento e a té agora nada. Já veio a prefeitura, veio o Ipurb, notificou o condomínio e multou. Veio a vigilância Ambiental também mas como já está em juízo eles disseram que não podem fazer nada”.
A moradora relatou que no local existem crianças que já foram picadas “O cheiro é muito forte, a gente tem crianças aqui, o meu filho foi picado, a vizinha que mora aqui foi picada, e ela até conseguiu pegar e levar o mosquito pra fazer análise e foi constatado que era o mosquito da dengue”.
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A inquilina de Marisa, Thalia Eduarda da Silva, foi picada pelo mosquito e relatou que levou o mosquito que a picou “eu fui picada na perna, ficou bem inchado e vermelhado. Eu levei o mosquito pra UPA pra ver se era o mosquito (Aedes Aegypti), e eles falaram que era, mas não estava contaminado” reclamou a moradora.
O síndico do condomínio Fernando Luís Colussi , relatou que já acionou a construtora há mais de dois meses mas não obteve retorno “a gente foi notificado e eu procurei a construtora que fez a fossa, que tá na garantia, e já faz mais de dois meses que a construtora tá enrolando pra arrumar. A gente já encaminhou pra um advogado pra ver, porque a gente acabar se incomodando por coisa que nem são nossas né” desabafou.
Segundo o Ipurb, o caso está com a fiscalização desde o final do ano passado e o condomínio já foi notificado, porém o responsável pelo residencial não cumpriu o prazo da notificação sendo lavrado na última visita, na quinta-feira, dia 23, um auto de infração. Segundo a diretora adjunta do Ipurb, Melissa Gauer, após a lavratura do auto de infração o condomínio tem o prazo de oito dias para solucionar o problema “a fiscalização foi lá e o síndico não se encontrava e nenhum morador quis assinar o auto. Ele tem prazo de oito dias pra resolver o problema. Não é se defender, ou justificar alguma coisa, é resolver o problema do vazamento, depois disso é multa diária e tem todo um processo até a gente encaminhar cópia pra promotoria” finalizou. A reportagem não conseguiu contato com a construtora responsável.
