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Motoristas do Uber reclamam da falta de segurança para trabalhar em Caxias

Motoristas do Uber reclamam da falta de segurança para trabalhar em Caxias

Os relatos de brigas e confusões envolvendo taxistas e motoristas do Uber foram parar no plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Em reunião realizada nesta quinta-feira, dia 16, a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança presidida pelo vereador Rodrigo Beltrão (PT), ouviu os motoristas aplicativo que pediam por mais segurança para trabalhar.

 

Diversos motoristas se manifestaram no plenário, relatando agressões verbais e físicas, além de emboscadas que teriam sido armadas por taxista para prejudicar o novo serviço de transporte no município. Esse é o caso de Carlos Luz, 37 anos, que há 4 meses trabalha como motorista do aplicativo. Ele acusa os taxistas de efetuarem chamadas falsas, além de agredirem colaboradores da Uber e seus respectivos veículos. 

 

“Eu recebi uma chamada falsa na rodoviária, que é uma coisa que os taxistas da rodoviária fazem repetidamente, quando a gente chega a uma quadra da rodoviária eles cancelam a chamada. Quando eu passei, eles riam de mim e bebiam cervejas. Eu andei mais cerca de 100, 150 metros para esperar uma nova chamada. Quando eu notei eles estavam em 12 ao redor do carro, não falaram nada, um deles já agarrou meu pescoço e tentou me puxar para fora, liguei o carro rapidamente para fugir, mesmo assim deram socos e danificaram o carro”, relata.

 

Outra reclamação dos trabalhadores é referente a omissão policial. Os motoristas disseram que a Polícia Civil não registra ocorrências quando acontecem agressões com a justificativa de que o serviço do Uber não está regulamentado.

 

Ao final da reunião ficou definido que a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, solicitará uma audiência com o Ministério Público para que seja instaurado um inquérito para investigar as agressões sofridas pelos motoristas do Uber. Os vereadores também vão cobrar do comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar, Major Emerson Ribas, e do delegado regional da Polícia Civil, Paulo Rosa.