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'O município não pode intervir na determinação judicial', afirma prefeito

'O município não pode intervir na determinação judicial', afirma prefeito

O município não pode intervir na determinação judicial. Foi assim que o Prefeito de Farroupilha Claiton Gonçalves, respondeu o pedido dos moradores do bairro Industrial para que o município interviesse junto ao poder judicial, com relação a determinação judicial expedida pela 4ª Vara Federal de Caxias do Sul para deixarem a área onde vivem em um prazo de 30 dias.

 

Na tarde desta quarta-feira, dia 1°, o Chefe do Executivo farroupilhense recebeu em seu gabinete, alguns moradores da área invadida no bairro industrial. No encontro que durou cerca de uma hora, os moradores pediram para que a prefeitura intervisse junto ao poder judicial para derrubar a liminar, ou ainda, que recolocassem as famílias em um novo local do município. O pedido fui negado pela administração, pois a área em que as residencias foram construídas pertencem ao Governo Federal, e no momento a prefeitura não tem como recolocar todas as famílias em uma outra área. 

 

Logo após a reunião o Prefeito Claiton Gonçalves conversou com a imprensa, e reafirmou que o poder executivo não pode fazer nada com relação a liminar, destacando ainda que o município não compactua com esse tipo de invasão.

 

"Nós procuramos em todos os nossos atos de governo ser legalista, e essa é uma questão legal que envolve a União, em que as pessoas estão lá instalados sem a estrutura necessária e de forma ilegal. Nós não pactuamos com essas invasões, e também não temos poder de intervir nessa liminar que partiu da 4ª Vara Federal de Caxias do Sul, notificando os moradores daquela área", salientou.

 

O chefe do executivo destacou ainda, que o município ira dar todo apoio necessário as famílias, na questão da remoção das mudanças e pertences dos moradores.

 

"O município não vai se furtar de prestar o apoio a essas famílias, até porque temos crianças morando lá. Mas esse apoio é através de veículos, de caminhões, para tirar as mudanças e os matérias lá instalados, e leva-los para um outro local indicado por esses moradores, ou até mesmo para a sua cidade de origem. O que não vamos fazer é doar um terreno para que eles construam suas casas nesse local", destacou. 

 

 

De acordo com o morador Renato Otilio da Silva, a partir dessa reunião com o prefeito e o não exito das revindicações, os moradores vão recorrer da decisão na justiça.

 

"Bom, saímos insatisfeitos de encontro com o Prefeito Claiton, pois foi nos passado que nada pode ser feito para nos ajudar, a prefeitura estaria de mãos atadas e acuada para ajudar o nosso povo. Pretendemos a partir de agora ir até Caxias do Sul, recorrer dessa liminar,buscar nossos direitos e tentar achar alguém para nos ajudar", destacou. 

 

Com relação a novos manifestos e bloqueios de rodovias, Renato salientou que os moradores vão conversar, e o que a maioria decidir será feito.

 

"Olha, com relação as manifestações vamos sentar com todos os moradores e ver a melhor forma de buscarmos nossos direitos, mas acredito que estaremos nos manisfestando novamente", afirmou.

 

 As 40 famílias que residem na área de propriedade do Governo Federal, têm um prazo de 15 dias para recorrer da decisão e um mês para deixar o local de forma espontânea.